A Polícia Federal (PF) concentrou, nesta quinta-feira (12/12), as investigações sobre a suposta trama golpista de 2022 nos possíveis vínculos entre Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL); Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL); e o juiz federal Sandro Nunes Vieira. Os três foram convocados para prestar depoimento e responderam às perguntas feitas pelos agentes.

Diferentemente de oitivas anteriores, as questões desta vez não abordaram diretamente a atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro no suposto esquema, mas focaram no papel desempenhado pelos três personagens centrais da investigação. Valdemar e Câmara estão entre os indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Inicialmente, a lista de indiciados incluía 37 nomes, mas a PF enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma complementação com mais três. O relatório final das investigações já foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), onde o procurador Paulo Gonet analisará o material para decidir sobre o oferecimento de denúncia.

As investigações indicam que a suposta trama para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e manter Jair Bolsonaro no poder nos meses finais de 2022 envolvia seis núcleos distintos de atuação.