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sábado, 14 de dezembro de 2024
Prisão

Investigação aponta que Braga Netto levava dinheiro para golpistas em sacolas de vinho

A prisão de Braga Netto foi ordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em decisão tomada no dia 10 de dezembro

Postado em 14 de dezembro de 2024 por Leticia Marielle
Investigação aponta que Braga Netto levava dinheiro para golpistas em sacolas de vinho. | Foto: Divulgação

A investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) que resultou na prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto neste sábado (14) revelou que ele teria financiado ações ilegais relacionadas ao golpe de 2022, utilizando dinheiro em espécie transportado em sacolas de vinho.

A prisão de Braga Netto foi ordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em decisão tomada no dia 10 de dezembro. O ex-ministro de Bolsonaro e militar da reserva foi detido em sua residência, no bairro de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. Além do mandado de prisão, também foram autorizadas buscas no imóvel de Braga Netto. O Exército informou que o ex-ministro ficará sob custódia da Força, no Comando da 1ª Divisão de Exército do Rio de Janeiro.

Segundo a decisão de Moraes, um novo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, revelou novos elementos sobre o financiamento da trama golpista envolvendo Braga Netto. A decisão menciona que o ex-ministro de Bolsonaro teria entregue dinheiro em espécie a um dos envolvidos no golpe, o major Rafael de Oliveira, que também foi preso por sua participação no esquema.

Rafael Martins de Oliveira, major das Forças Especiais do Exército, encontra-se preso acusado de negociar com Mauro Cid o pagamento de R$ 100 mil para financiar a ida de manifestantes a Brasília em 8 de janeiro de 2022.

Segundo a decisão do STF, “o general entregou diretamente ao então Major Rafael de Oliveira dinheiro em uma sacola de vinho, destinado ao financiamento das despesas necessárias para a realização da operação”.

Dessa forma, Braga Netto teria contribuído para as ações golpistas ao fornecer recursos. A investigação também revela que o major utilizou parte do dinheiro para adquirir um celular, pago em espécie, com o intuito de ser utilizado em atividades clandestinas em 15 de dezembro de 2022.

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