Circula informações de bastidores que o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) deve trocar dois secretários, em breve. Já para o ano que vem, ele deve colocar dois prefeitos que terminam o mandato, neste ano, para assumirem as pastas de Saúde e da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra).

São eles, respectivamente, o prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (União Brasil), e o gestor de Catalão, Adib Elias (União Brasil). Quanto ao último, há quem ventile também a possibilidade dele assumir a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra). Um deputado da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e uma fonte palaciana confirmaram a informação ao Jornal O HOJE.

Com menos “barulho”, mas também com possibilidades, está a Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa-GO). Nesse caso, existem dois nomes: o prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves (MDB), e o de Goianira, Carlão da Fox (Republicanos).

Atualmente, Manoel de Castro é presidente da Ceasa. Ele é pai do deputado estadual Renato de Castro (União Brasil), prefeito eleito de Goianésia. Também próximo de Caiado, deve ser acomodado em outro local do governo. Caso as informações de bastidores se concretizem, o governador também deve acomodar o titular da Saúde, Rasível Santos. Na Goinfra, Pedro Sales, que preside a super pasta de Infraestrutura, acumula cargo.

Adib e Paulo

É preciso lembrar, Paulo deixou o MDB, em 2019, após integrar a dissidência liderada pelo prefeito de Catalão Adib Elias – que também teve a participação de Ernesto Roller e Renato de Castro – para apoiar o governador Ronaldo Caiado nas eleições ao governo de Goiás, em 2018. Naquele ano, o MDB lançou o hoje vice-governador Daniel Vilela ao cargo.

Mas são águas passadas. Ainda em 2021, Daniel foi anunciado pré-candidato a vice na chapa de Caiado. Ao longo de 2022 e 2023, Vilela foi buscando a reaproximação com os dissidentes. Entre eles, Paulo de Castro. Hoje, Adib e Paulo gozam de boa relação tanto com Caiado quanto com Vilela.

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Paulo, inclusive, é cotado para ocupar a cobiçada vice de Daniel Vilela, em 2026. À Coluna Xadrez, de Wilson Silvestre, o vice-presidente estadual do MDB, Manuel Cearense, ressaltou a força do rio-verdense no páreo.

Segundo ele, que é aliado de primeira hora de Daniel e foi responsável por “reviver” o MDB em Rio Verde, a escolha do vice levará em conta a liderança do escolhido no Estado. “Ao contrário do que alguns adversários dizem, o Dr. Paulo tem o apoio da maioria dos prefeitos do Sudoeste e de muitos municípios do Estado.”

Deve esvaziar

O nome de Paulo a vice de Daniel, todavia, tende a esvaziar, caso ele de fato seja indicado à secretaria de Saúde. Neste caso, Vilela teria outras possibilidades, de outros partidos, para compor a chapa, em 2026, que também inclui duas vagas ao Senado.

Como mencionado, Daniel precisará montar sua chapa para contemplar o maior número de partidos possíveis. Ele terá a vice, duas vagas de senador e duas suplências para cada uma. Uma destas, possivelmente, ficará para o União Brasil, com a primeira-dama.

Hoje, a base, além de MDB e União Brasil, inclui siglas expressivas como PP, Podemos, Solidariedade, PSD e PDT. Há, ainda, outras legendas que orbitam e Vilela precisará acomodar os aliados da melhor maneira possível, pois Caiado não será mais a expectativa de poder.

Em 2022, o PP e o PSD disputaram vaga ao Senado junto com o União Brasil de Caiado, que não teve consenso. Com duas vagas, existe a possibilidade de abarcar mais nomes, mas nada impede outro desencontro. Caberá ao candidato costurar dois escolhidos. Da mesma forma, ele deverá contemplar a vice com alguma legenda da base.