Corrida por vice e Senado na chapa de Daniel Vilela movimenta política
Daniel Vilela se prepara para o governo, enquanto Gracinha Caiado avança como favorita ao Senado, aquecendo os bastidores políticos de Goiás, já pensando nas eleições de 2026
A corrida para compor a chapa de Daniel Vilela (MDB), que assumirá o Governo de Goiás em 2026, já movimenta os bastidores políticos do estado. Com Ronaldo Caiado (União Brasil) deixando o governo para concorrer à Presidência, os cargos de vice-governador e as duas vagas no senado já são bem disputadas, nos bastidores.
A propósito, uma delas já foi definida – a primeira-dama de Goiás, Gracinha Caiado, já tem a bênção do seu esposo, o governador Caiado para ser candidata ao cargo. Restará, então, a disputa pela segunda vaga. Entre os nomes cotados estão o vereador eleito Major Victor Hugo (PL), os deputados federais Zacharias Calil (União Brasil) e Glaustin da Fokus (Podemos), o prefeito de Catalão, Adib Elias (União Brasil), o presidente da Agehab, Alexandre Baldy, e o ex-senador Luiz do Carmo (PL).
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Cada um deles tem seus trunfos: Luiz do Carmo traz experiência como ex-senador, Glaustin é considerado próximo de Caiado e respeitado na base governista, enquanto Alexandre Baldy se destaca pela atuação em Brasília e boa articulação política. Zacharias Calil, por sua vez, é um nome respeitado na área da saúde, e Adib Elias é visto como um forte aliado do governador.
De acordo com o cientista político Felipe Fulquin, ouvido pelo Jornal O Hoje, os nomes de Zacharias Calil, Glaustin e Baldy são considerados os mais sólidos para fortalecer a chapa governista. Por outro lado, o Major Victor Hugo enfrenta uma crise interna no PL devido à sua sinalização de aproximação com Daniel Vilela, o que gerou atritos dentro de seu partido.
Fulquin aponta que a principal dificuldade para a candidatura de Victor Hugo ao Senado está na sua proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o que o coloca em uma ala mais radical da direita, contrastando com a linha política moderada de Caiado e Vilela. Assim, o cientista político acredita ser improvável que Victor Hugo se torne candidato ao Senado. Caso seja expulso do PL, ele poderia migrar para um partido da base de Caiado, reforçando sua aliança com o governador.
Vice-governadoria
Mas as articulações não param por aí. Outro posto bastante desejado é o de vice-governador. A disputa pelo cargo tem como favoritos três figuras importantes: José Mário Schreiner (MDB), Paulo do Vale (União Brasil) e Gustavo Mendanha (Patriota), que pode migrar para o União Brasil.
José Mário Schreiner, ex-deputado federal e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), é um líder respeitado e aliado próximo de Caiado. Sua base ruralista e capacidade de articulação no setor agropecuário fortalecem sua candidatura.
Paulo do Vale, prefeito de Rio Verde, é amplamente elogiado como um dos gestores municipais mais bem avaliados de Goiás. Além de sua boa administração, foi peça-chave na vitória de seu sucessor, Wellington Carrijo (MDB), e conta com o apoio de prefeitos do sudoeste goiano.
Gustavo Mendanha, ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, foi essencial para a vitória de Leandro Vilela (MDB) na cidade. Caso não ocupe a vaga de vice, Mendanha poderá ser candidato ao Senado.
Entorno de Brasília
Além dos três principais nomes, o Entorno de Brasília também surge como uma região estratégica. Seis líderes regionais têm sido cotados para posições na chapa ou apoio político relevante: Carlinhos do Mangão (Novo Gama), Célio Silveira (MDB), Diego Sorgatto (Luziânia), Lucas Antonietti (Águas Lindas), Pábio Mossoró (Valparaíso) e Wilder Cambão (deputado estadual).
A região, que foi decisiva para a vitória de Caiado em 2022, será novamente um campo crucial na eleição de 2026. Com votação expressiva, candidatos ligados ao Entorno podem atrair eleitores e ampliar a competitividade da chapa de Daniel Vilela.