Rebelião em prisão de Moçambique deixa 33 mortos e 1.500 fugitivos
150 fugitivos foram recapturados
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Um motim ocorrido nesta quarta-feira (25) em uma prisão na capital de Moçambique, Maputo, resultou na morte de 33 pessoas e deixou outras 15 feridas. A informação foi confirmada pelo comandante-geral da polícia do país, Bernardino Rafael. Durante a rebelião, 1.534 detentos fugiram do presídio. Até o momento, 150 deles foram recapturados.
As autoridades locais ainda não divulgaram as identidades dos mortos e dos feridos. O incidente ocorre em meio a um cenário de instabilidade política no país africano, que enfrenta crescentes tensões civis desde as eleições de outubro. O pleito confirmou a permanência do partido Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) no poder, posição que ocupa desde a independência do país, em 1975.
Motim em Moçambique
As circunstâncias que levaram ao motim geram divergências entre as autoridades. O comandante Rafael atribuiu o início da rebelião aos protestos que aconteciam fora da prisão. Por outro lado, a Ministra da Justiça, Helena Kida, afirmou à emissora local Miramar TV que a agitação começou dentro do presídio, sem conexão com os atos externos.
“Estamos preocupados como país, como moçambicanos e como forças de segurança”, declarou Rafael. Ele também antecipou que a fuga em massa pode levar a um aumento na criminalidade nas próximas 48 horas.
O motim ocorre em um momento de escalada da violência no país. Segundo a Plataforma Decide, uma organização da sociedade civil que monitora a situação, pelo menos 130 pessoas morreram em confrontos com a polícia desde o início dos distúrbios. A entidade destaca que as tensões cresceram após o Tribunal Superior de Moçambique confirmar, na última segunda-feira (23), a vitória da Frelimo nas eleições.
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O ministro do Interior de Moçambique informou, na terça-feira (24), que 21 pessoas haviam sido mortas em episódios de violência após a decisão do tribunal. As autoridades reforçam que a situação exige atenção e medidas rápidas para conter os impactos das rebeliões.