O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter as prisões preventivas dos generais Walter Braga Netto e Mario Fernandes, ambos investigados no caso sobre a tentativa de golpe de Estado.

Braga Netto foi detido por supostamente tentar interferir nas investigações, incluindo o acesso às informações da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Já Mario Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, é investigado por um suposto plano de assassinato envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio ministro Moraes.

A decisão de Moraes, que segue o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), rejeitou os pedidos de liberdade apresentados pelas defesas dos acusados. No caso de Mario Fernandes, Moraes destacou que não houve apresentação de novos fatos que justificassem a soltura, considerando a necessidade de garantir a ordem pública e o andamento do processo.

A prisão de Braga Netto foi confirmada em decisão sigilosa no último dia 24, enquanto a de Mario Fernandes foi ratificada na última quinta-feira (26). A defesa de Braga Netto afirmou que a manutenção da prisão já era esperada e que aguarda o julgamento colegiado do recurso. A defesa de Mario Fernandes ainda não se manifestou.