Jogadoras do River Plate ganham liberdade provisória após caso de racismo
A organização da Ladies Cup decidiu excluir o River Plate do torneio, sendo o Grêmio considerado o vencedor da partida.
Na última decisão judicial, a Justiça paulista concedeu liberdade provisória às quatro jogadoras do River Plate envolvidas no incidente de injúria racial durante o confronto contra o Grêmio, ocorrido em 20 de dezembro, pela Ladies Cup.
As atletas Candela Díaz, Camila Duarte, Juana Cangaro e Milagros Díaz foram presas em flagrante depois que uma delas foi flagrada imitando um macaco em direção a um gandula, egestos racistas a outras jogadoras da equipe brasileira, o que gerou um confronto generalizado entre as equipes logo após o término da partida, que terminou empatada em 1 a 1 no Estádio Canindé, em São Paulo.
Em sua decisão, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) impôs medidas cautelares às jogadoras, incluindo a obrigação de comparecer mensalmente ao juízo, a proibição de mudarem de endereço sem avisar previamente à Justiça e o depósito de R$ 25 mil para indenizar as jogadoras brasileiras afetadas. A decisão foi proferida pelo juiz Fernando Oliveira Camargo.
A defesa das jogadoras, representada pela advogada Thaís Sankari, alegou que as atletas estavam assustadas com a situação, e um pedido de habeas corpus foi apresentado, mas negado pelo Tribunal na terça-feira (24). Inicialmente mantida a prisão, as jogadoras foram transferidas para a Penitenciária do Carandiru.
Em consequência do episódio, a organização da Ladies Cup decidiu excluir o River Plate do torneio, sendo o Grêmio considerado o vencedor da partida. Além disso, a equipe argentina foi proibida de participar das duas próximas edições da competição.
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