Dino libera parte das emendas de comissão e critica Congresso
Ministro justificou dizendo que a liberação acontece para não causar novos transtornos para quem aguardava os recursos
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino liberou neste domingo (29) parte das emendas de comissão bloqueadas na última semana, que somam R$ 4,2 bilhões. A nova decisão do magistrado libera o pagamento dos recursos empenhados até o dia 23 de dezembro – quando Dino suspendeu o pagamento das emendas de comissão.
O ministro justificou dizendo que a liberação acontece para não causar novos transtornos a entes públicos, trabalhadores e empresas, que aguardavam os recursos das emendas autorizadas antes do bloqueio.
“A fim de evitar insegurança jurídica para terceiros (entes da Federação, empresas, trabalhadores), fica excepcionalmente admitida a continuidade da execução do que já foi empenhado como ‘emenda de comissão’ até o dia 23 de dezembro de 2024, salvo outra ilegalidade identificada em cada caso concreto”, afirmou Dino.
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Apesar de liberar parte das emendas, o ministro do Supremo não abandonou o tom crítico com o ofício enviado pelo Congresso Nacional ao Palácio do Planalto sem avaliação das comissões temáticas das Casas.
“Fica evidente a nulidade insanável que marca o ofício [encaminhado pelo Congresso ao Executivo]. Os seus motivos determinantes são falsos, o caráter nacional das indicações das emendas – exigido pela Resolução nº. 001/2006, do Congresso Nacional – não foi aferido pela instância competente (as Comissões) e o procedimento adotado não atende às normas de regência”, destacou o magistrado.
Com informações da Agência Brasil