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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
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Saúde

Goiás contabiliza mais de 300 mil casos de dengue em 2024

Foram registrados 426 óbitos confirmados; outros 38 estão sob investigação pela Secretaria de Saúde de Goiás

Postado em 6 de janeiro de 2025 por Letícia Leite
Além da doença, outras arboviroses, como chikungunya e a zika, também são disseminadas pelo Aedes aegypti. Foto: Marco Monteiro

Com o período de férias, a rotina de viagens se intensifica. No entanto, a felicidade pode se transformar em decepção se não houver atenção à saúde e, principalmente, aos criadouros do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças como a dengue. 

Em 2024, o Estado de Goiás contabilizou mais de 300 mil casos confirmados da enfermidade, representando um aumento de 264% em relação ao ano anterior. Foram registrados 426 óbitos confirmados; outros 38 estão sob investigação, segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). 

Além da dengue, outras arboviroses, como a chikungunya, que teve 14.388 casos confirmados, com 17 óbitos, registrou um aumento de mais de 200% de casos, no ano passado, em relação a 2023, e a zika, também são disseminadas pelo Aedes aegypti, o que destaca a importância de eliminar os focos de água parada, mesmo durante o período de festividades.

“Com o final de ano e a retomada do período chuvoso em Goiás, os cuidados precisam ser redobrados em relação às doenças que são transmitidas pelo Aedes aegypti”, comenta o coordenador de Dengue, Chikungunya e Zika da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Murilo do Carmo.

Ele destaca que a elevação no número de casos deve-se, em grande parte, à intensa circulação do sorotipo 2 da dengue, que apresenta maior virulência e resulta em um aumento relevante de casos graves e óbitos.

O coordenador recorda que, durante o pico da emergência sanitária, o Governo de Goiás estabeleceu um gabinete de crise para acompanhar, em colaboração com os municípios, a evolução dos casos de dengue no estado. Naquele período, o gabinete organizou as ações em todo o território goiano, assegurando que os recursos fossem alocados de forma eficiente nas áreas mais impactadas.

Dados nacionais

Os dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde revelam que, durante o ano de 2024, o Brasil contabilizou um total de 6.484.890 casos prováveis de dengue, resultando em 5.972 mortes relacionadas à doença. Além disso, há 908 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência até 28 de dezembro foi de 3.193,5 casos a cada 100 mil habitantes.

Em relação ao gênero, 55% dos casos prováveis de dengue em 2024 foram registrados entre mulheres. No que tange à divisão por raça/cor, 42% dos casos prováveis ocorreram entre brancos; 34,4% entre pardos; 5,1% entre pretos; 0,9% entre amarelos; e 0,2% entre indígenas, com 17,3% dos casos sem informação registrada. A faixa etária mais afetada foi a de 20 a 29 anos, seguida pelas faixas de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos.

No levantamento por estados, São Paulo lidera com o maior número de casos prováveis, somando 2.182.875. Em seguida, aparecem Minas Gerais com 1.695.024 casos e Paraná com 656.286. Na lista de estados com maior coeficiente de incidência, o Distrito Federal (DF) figura em primeiro lugar, com 9.907,5 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por Minas Gerais (8.252,8 casos por 100 mil habitantes) e Paraná (5.735,2 casos por 100 mil habitantes).

Cuidados essenciais

Por esse motivo, a SES-GO ressalta a importância de aproveitar as férias para não apenas descansar, mas também cuidar da limpeza dos quintais. É essencial eliminar quaisquer objetos, vasilhas ou utensílios que possam acumular água parada, especialmente enquanto as residências estiverem fechadas durante as viagens.

Antes de deixar a casa, é crucial selar os ralos, a caixa d’água e os vasos sanitários, sendo que os vasos sanitários devem ser tratados com desinfetante.

Além disso, os reservatórios de água da geladeira e do ar-condicionado devem ser esvaziados, assim como os pratos das plantas. Aqueles que possuem piscina precisam assegurar a limpeza adequada, com adição de cloro, e cobri-la com uma lona quando não estiver em uso.

Fazer uma inspeção em toda a casa para eliminar possíveis criadouros é igualmente necessário, o que ajuda a prevenir a disseminação do Aedes aegypti.

Se a viagem for para áreas com vegetação abundante, como acampamentos ou trilhas, é imprescindível o uso de repelente, que deve ser reaplicado regularmente. Além disso, é importante levar documentos de identificação pessoal, como RG ou CPF e, ainda, a carteira de vacinação, caso seja necessário procurar atendimento médico.

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