A Polícia Civil de Goiás indiciou o pai e a mãe de Pedro Benjamin Gonçalves de Mello, bebê de 1 ano e 9 meses que morreu após ser levado ao hospital com múltiplas fraturas e sinais de agressão. De acordo com o delegado Henrique Wilson, o menino chegou ao hospital inconsciente e sofreu uma parada cardiorrespiratória antes de falecer.

Segundo a perícia da Polícia Científica, a causa da morte foi politraumatismo com evidências de maus-tratos. Os exames realizados identificaram edema cerebral, laceração no fígado, lesão no pulmão e hematomas espalhados por várias partes do corpo, como cabeça, pescoço, tórax, abdômen, ombro, braços, virilha e pernas.

Na época, o delegado Rilmo Braga questionou o relato dos pais, que alegaram um acidente doméstico como causa das lesões. Em nota, a defesa do pai afirmou confiar que os laudos e provas técnicas esclarecerão os fatos e que aguardam o momento oportuno para se manifestar.

O caso chamou atenção pela reincidência. Em 4 de dezembro de 2024, Pedro foi levado ao hospital com sinais de agressão pela primeira vez. Na ocasião, a mãe alegou que o menino estaria doente, mas exames revelaram múltiplas lesões incompatíveis com a justificativa apresentada. Após essa visita, o bebê foi retirado dos cuidados dos pais e entregue à avó materna pelo Conselho Tutelar.

No entanto, a avó devolveu o menino aos pais pouco tempo depois, alegando falta de condições para cuidar dele devido ao trabalho. Essa decisão resultou no retorno da criança ao ambiente onde sofreu novas agressões fatais.A mãe de Pedro, uma auxiliar de serviços gerais de 23 anos, foi liberada após a audiência de custódia. Já o pai do bebê, um pintor de 29 anos, permanece preso enquanto as investigações prosseguem.

O caso continua em apuração, e as autoridades esperam que os laudos definitivos e depoimentos esclareçam todas as circunstâncias que levaram à morte do bebê.

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