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quarta-feira, 8 de janeiro de 2025
Jovem baleada

Jovem baleada pela PRF volta a respirar com o auxílio de aparelhos

Juliana Leite Rangel teve agravamento no quadro clínico após apresentar sinais de infecção

Postado em 8 de janeiro de 2025 por Micael Silva
Jovem baleada pela PRF volta a respirar com o auxílio de aparelhos Foto: Divulgação
Jovem baleada pela PRF volta a respirar com o auxílio de aparelhos Foto: Divulgação

A jovem Juliana Leite Rangel, baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal (24), sofreu uma piora no estado de saúde, sendo necessária a retomada da ventilação mecânica e a interrupção do processo de reabilitação. A informação foi divulgada na madrugada desta quarta-feira (8) pela Prefeitura de Duque de Caxias, responsável pelo Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, localizado na região metropolitana do Rio de Janeiro.

De acordo com o boletim médico emitido pela direção do hospital na noite de terça-feira (7), Juliana apresentou agravamento nas últimas 24 horas. “Ela voltou a apresentar febre e sinais clínicos e laboratoriais de um novo quadro infeccioso, necessitando de medicação para controle da pressão arterial, sedação leve e ventilação mecânica, além de ajustes no tratamento da infecção”, detalha o comunicado.

O boletim também informa que, devido ao agravamento do quadro infeccioso, o processo de reabilitação precisou ser interrompido. A jovem ainda depende da traqueostomia, procedimento cirúrgico para permitir a respiração.

Leia mais: PRF afasta policiais envolvidos em abordagem que deixou jovem baleada na cabeça

Nos dias anteriores, Juliana havia apresentado melhorias significativas, como a retirada da ventilação mecânica, o que permitiu que ela ficasse lúcida, abrisse os olhos, interagisse com as pessoas e movesse os membros. No entanto, devido à recente complicação, ela permanece em terapia intensiva, sob acompanhamento das equipes de neurocirurgia, psicologia e multidisciplinar. Não há previsão para alta do Centro de Terapia Intensiva (CTI).

Relembre o caso

Juliana foi atingida por um tiro de fuzil na noite de Natal, enquanto estava dentro do carro da família, na Rodovia Washington Luís (BR-040), em Duque de Caxias. O pai dela, Alexandre Rangel, que dirigia o veículo, afirmou que não havia motivo algum para a abordagem policial, que resultou em disparos. Alexandre também foi ferido na mão esquerda e recebeu alta ainda na noite de terça-feira. O carro da família, que estava com cinco pessoas, ficou com diversas perfurações.

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) estão investigando o caso. O diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, declarou que a corporação está apurando os excessos cometidos durante a abordagem. Os três agentes envolvidos – dois homens e uma mulher – foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais.

A família de Juliana busca, na Justiça Federal, uma pensão provisória para auxiliar financeiramente, já que o pai da jovem, mecânico autônomo, não pode trabalhar devido ao ferimento na mão. A PRF afirmou que está oferecendo apoio logístico para os deslocamentos necessários e apoio psicológico à família.

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