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quinta-feira, 9 de janeiro de 2025
VERÃO

Pressão pelo “corpo ideal” no verão pode comprometer a saúde mental

Uma dieta equilibrada permite que você atenda às necessidades do corpo e siga em frente, sem ficar preso em pensamentos constantes sobre alimentação

Postado em 9 de janeiro de 2025 por Leticia Marielle
Pressão pelo “corpo ideal” no verão pode comprometer a saúde mental. | Foto: Reprodução

Com a chegada do verão, a busca pelo chamado “corpo ideal” se intensifica, mas especialistas alertam que essa pressão estética, amplamente reforçada pelas redes sociais e pela mídia, pode ter consequências graves para a saúde mental e emocional. Padrões de beleza inatingíveis, frequentemente apresentados como metas, promovem insatisfação corporal e desencadeiam transtornos como ansiedade, compulsão alimentar, anorexia e bulimia.

Essa busca incessante por atender expectativas irreais também pode evoluir para quadros mais graves, como depressão e isolamento social. Especialistas explicam que, durante esse período, muitas pessoas internalizam uma sensação de inadequação e fracasso ao se compararem com imagens idealizadas, o que reforça sentimentos de baixa autoestima.

Além disso, o preconceito contra pessoas acima do peso, conhecido como gordofobia, se torna mais evidente nessa época do ano. O corpo de pessoas com sobrepeso ou obesidade é frequentemente desvalorizado e alvo de discriminação, agravando o sofrimento psicológico. Especialistas defendem que é necessário romper com a ideia de que o valor de uma pessoa está diretamente relacionado à sua aparência física e promovem a aceitação corporal como parte de uma abordagem mais ampla para a saúde mental e física.

A superação dessa pressão exige uma mudança de foco. Em vez de metas estéticas e prazos curtos, a prioridade deve ser o bem-estar geral e a saúde integral. Isso inclui incorporar alimentos nutritivos e prazerosos à dieta, praticar atividades físicas que proporcionem prazer e respeitar os próprios limites. Mais do que alcançar o “corpo ideal” para o verão, é essencial cuidar do corpo e da mente ao longo de todo o ano, com práticas sustentáveis e duradouras.

Especialistas também destacam a importância de buscar ajuda profissional quando a preocupação com a aparência começa a interferir na qualidade de vida. Entre os sinais de alerta estão episódios frequentes de compulsão alimentar, dietas extremamente restritivas, pensamentos obsessivos sobre peso e imagem corporal acompanhados de culpa e a restrição de interações sociais por medo de julgamentos sobre a aparência. Nesses casos, o suporte psicológico e nutricional é fundamental para restaurar o equilíbrio.

A mensagem central, segundo os especialistas, é clara: mais importante do que seguir padrões estéticos ditados pela sociedade, é adotar hábitos que promovam saúde e felicidade de forma contínua e equilibrada.

Dietas restritivas são preocupantes

Muitos especialistas em saúde alertam sobre os riscos associados às dietas restritivas, que reduzem drasticamente a ingestão calórica ou eliminam completamente determinados macronutrientes ou grupos alimentares. Essas práticas podem parecer uma solução rápida para a perda de peso, mas frequentemente geram mais problemas do que benefícios.

A diferença entre uma dieta saudável e uma restritiva pode ser identificada por algumas regras simples. Se suas escolhas alimentares estão baseadas exclusivamente na esperança de perder peso ou se excluem categorias inteiras de alimentos, é provável que você esteja seguindo uma abordagem restritiva. Essa mentalidade pode levar a uma relação obsessiva com a comida, onde o foco no que foi consumido, no que será consumido e na culpa associada às refeições passa a ocupar um espaço desproporcional no dia a dia.

Uma dieta equilibrada permite que você atenda às necessidades do corpo e siga em frente, sem ficar preso em pensamentos constantes sobre alimentação. Já as dietas restritivas, ao contrário, transformam a relação com a comida em uma fonte de estresse. Reuniões sociais podem se tornar menos prazerosas, as refeições perdem o sabor e decidir o que comer passa a parecer um trabalho árduo e exaustivo.

Essa dinâmica pode criar comportamentos obsessivos e prejudicar o prazer que deveria estar associado à alimentação. Para muitos especialistas, a comida não deve ser um motivo de preocupação constante, mas sim uma parte equilibrada e natural da vida cotidiana. Assim, ao invés de optar por dietas extremas, é essencial priorizar um estilo de vida que valorize tanto a saúde quanto o bem-estar mental.

Veja algumas dicas 

A alimentação desempenha um papel essencial em qualquer plano de emagrecimento saudável. Dar preferência a alimentos ricos em nutrientes, como frutas, verduras, legumes e grãos integrais, é fundamental. Incluir mais fibras na dieta, como as presentes na aveia e na chia, pode aumentar a sensação de saciedade e regular o intestino.

Por outro lado, é importante evitar alimentos ultraprocessados e com altos níveis de açúcar e gordura, que contribuem para o ganho de peso e prejudicam a saúde. Incorporar proteínas em todas as refeições ajuda a promover saciedade e preserva a massa magra, essencial para que o emagrecimento ocorra pela queima de gordura e não pela perda de músculo.

Mesmo alimentos saudáveis podem atrapalhar o processo de emagrecimento quando consumidos em excesso. Por isso, controlar o tamanho das porções e evitar repetir as refeições é essencial. Comer devagar também ajuda, já que o cérebro precisa de cerca de 20 minutos para perceber que o corpo está satisfeito, evitando o consumo desnecessário de calorias.

A hidratação é outro fator importante. Beber água regularmente mantém o corpo funcionando bem e auxilia no emagrecimento. Um truque útil é beber um copo de água antes das refeições para evitar comer demais. Substituir refrigerantes e sucos industrializados por água ou chás sem açúcar é uma boa estratégia. A recomendação diária de consumo de água varia, mas uma fórmula comum sugere 35 ml por quilo de peso corporal. Por exemplo, uma pessoa de 70 kg deve beber cerca de 2,45 litros por dia, aumentando a quantidade se praticar exercícios.

A prática regular de exercícios físicos é indispensável. Atividades como caminhada, corrida, natação e musculação ajudam a queimar calorias e aceleram o metabolismo. Combinar exercícios aeróbicos, que promovem maior queima calórica, com treinos de força, que preservam e aumentam a massa magra, é a abordagem ideal.

O sono também tem grande influência na perda de peso. Dormir entre sete e nove horas por noite ajuda a regular os hormônios relacionados à fome e ao estresse, como o cortisol, reduzindo o risco de acúmulo de gordura abdominal.

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