Fundação Banco de Olhos em Goiânia suspendem atividades por atraso salarial
Desde segunda-feira (20), os procedimentos eletivos foram suspensos, e apenas casos urgentes, sem necessidade de cirurgia, continuam sendo atendidos

Os funcionários da Fundação Banco de Olhos, em Goiânia, decidiram paralisar suas atividades devido ao atraso no pagamento de salários. Desde segunda-feira (20), os procedimentos eletivos foram suspensos, e apenas casos urgentes, sem necessidade de cirurgia, continuam sendo atendidos. A paralisação afeta exclusivamente os serviços prestados na capital, enquanto o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) segue normalmente.
Crise financeira e impactos na Fundação
Segundo Paulo Renato Manso, diretor administrativo-financeiro da instituição, a decisão foi inevitável após meses de tentativas para manter as operações apesar das dificuldades financeiras. Ele atribui a crise a problemas herdados da gestão anterior. “Chega um ponto em que se torna insustentável”, afirmou.
A principal causa da crise é a falta de recursos e o atraso em repasses essenciais. Em reuniões com o secretário municipal de Saúde, Luiz Gaspar Machado Pellizzer, e o prefeito Sandro Mabel (União Brasil), ficou evidente que a Fundação enfrenta pendências nos repasses do Ministério da Saúde e na liberação de emendas parlamentares. Esses valores são fundamentais para a regularização dos salários, compra de suprimentos e manutenção dos serviços hospitalares.
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Expectativa por repasses e retomada das atividades
Durante as reuniões, foi prometido um repasse essencial até esta quarta-feira (22). Com essa verba, a Fundação espera quitar os salários atrasados, embora a crise ainda afete outros setores. “O problema atual reflete uma dívida acumulada da gestão anterior, que agora impacta diretamente nosso funcionamento”, explicou o diretor.
Enquanto a paralisação continua, a restrição nos atendimentos preocupa pacientes e gestores públicos. “Sem recursos, não há como retomar os serviços por completo. Seguimos em diálogo com as autoridades para encontrar soluções e manter a transparência sobre a situação”, concluiu Paulo Renato.