Selton Mello celebra indicação de ”Ainda Estou Aqui’ ao Oscar
Ainda Estou Aqui recebe três periodicidades ao Oscar, incluindo Melhor Filme, e coloca o cinema brasileiro em evidência mundial
O filme brasileiro Ainda Estou Aqui recebeu três periodicidades ao Oscar 2025, incluindo a de Melhor Filme, um marco histórico para o cinema nacional. Protagonizado por Selton Mello e Fernanda Torres, o longa é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e tem direção de André Ristum. O anúncio das periodicidades ocorreu na última quinta-feira, 23 de janeiro, e desde então, as redes sociais têm sido tomadas por comemorações e homenagens.
Selton Mello, que desempenha um dos papéis principais na obra, usou o Instagram para expressar sua emoção e gratidão. Em uma publicação, o ator destacou o impacto cultural do filme e sua relevância:
“Fizemos um filme. Ele nasceu vitorioso por motivos variados: por lembrar o que jamais pode ser esquecido, por comover com uma beleza austera, por encher as salas de cinema de novo, por levar nossa sensibilidade para o mundo, por recuperar nossa autoestima cultural , por abrir tantas portas para outros que virão, por restaurar o amor pelo cinema brasileiro, por ter criado algo emocionalmente poderoso, por alcançar o raro equilíbrio entre estética e ética, por ser sublime em sua justa simplicidade.”
Além da indicação a Melhor Filme, Ainda Estou Aqui também concorre nas categorias de Melhor Atriz, para Fernanda Torres, e Melhor Roteiro Adaptado, para André Ristum e Marcelo Rubens Paiva. A obra aborda temas como memória, luto e superação, com uma narrativa que tem conquistado público e crítica internacional.
Repercussão nas redes sociais
A repercussão da conquista foi imediata. Internautas elogiaram a performance de Fernanda Torres, que dá vida a uma personagem emocionalmente complexa, e destacaram o papel do longa em exaltar o cinema brasileiro em um cenário internacional.
“É lindo ver nosso cinema sendo reconhecido dessa forma. Estamos vivendo um momento especial!”, escreveu uma usuária no Twitter.
Cinéfilos e críticos também apontam que as restrições representam um divisor de águas para o Brasil na maior premiação da indústria cinematográfica. A última vez que uma produção brasileira foi indicada ao Oscar na categoria de Melhor Filme foi com Central do Brasil (1998), que concorreu em Melhor Filme Estrangeiro.
Direção e mensagem do filme
Dirigido por André Ristum, o filme mergulhador nas memórias de Eunice, uma mãe que precisa lidar com o impacto de uma tragédia familiar. A sensibilidade e a profundidade do roteiro foram amplamente elogiadas, com destaque para a harmonia entre a estética visual e a força emocional da narrativa.
Ristum declarou em entrevista recente que as restrições ao Oscar são um reflexo do esforço coletivo da equipe e da força das histórias brasileiras. “Estamos contando nossas histórias com emoções e emoções, e isso está chegando ao mundo. É motivo de orgulho.”
Próximos passos
A apresentação do Oscar está marcada para o dia 10 de março, em Los Angeles. Enquanto isso, Ainda Estou Aqui segue em cartaz nos cinemas de várias cidades do Brasil, com sessões extras programadas devido à alta demanda após o anúncio das periodicidades.
A expectativa agora é para o desfecho dessa jornada, que já colocou o cinema brasileiro em evidência mundial. Como Selton Mello ressaltou em sua mensagem: “Ainda estamos aqui: Eunice, Rubens, nós e vocês.”