A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, deve integrar o governo Lula a partir da reforma ministerial prevista para março. Ela assumirá a Secretaria-Geral da Presidência, pasta responsável pela interlocução com movimentos sociais, no lugar de Márcio Macêdo.

A mudança exige um rearranjo no PT, que terá eleições internas em julho para renovar suas direções. Até lá, um dos vice-presidentes do partido assumirá o comando temporário, com José Guimarães (CE) e Humberto Costa (PE) como nomes cotados.

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A decisão sobre o substituto de Gleisi passará pelo aval do presidente Lula, que busca alinhar o partido a uma postura mais centrista. O ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro Edinho Silva é o favorito para assumir a presidência do PT após as eleições internas, sinalizando uma mudança estratégica no partido. A escolha de Edinho, aliado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é vista como um movimento para preparar Haddad como possível candidato à sucessão de Lula em 2026.

Enquanto isso, a entrada de Gleisi no governo reforça a necessidade de um nome forte para dialogar com movimentos sociais, especialmente após pesquisa Genial/Quaest mostrar queda na popularidade do governo até entre eleitores tradicionais, como os de baixa renda e do Nordeste. A ex-ministra da Casa Civil e ex-senadora tem sido um contraponto a Haddad no governo, criticando medidas como o arcabouço fiscal.