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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Violência e saúde mental

Violência multiplica risco de internação psiquiátrica entre jovens de baixa renda

Estudo da Fiocruz Bahia e Universidade de Harvard revela que vítimas de agressões têm até cinco vezes mais chances de hospitalização por transtornos mentais

Luana Avelarpor Luana Avelar em 29 de janeiro de 2025
esquisa da Fiocruz Bahia e Universidade de Harvard mostra que crianças e adolescentes vítimas de violência têm até cinco vezes mais chances de necessitar de internação psiquiátrica. Foto: Divulgação
esquisa da Fiocruz Bahia e Universidade de Harvard mostra que crianças e adolescentes vítimas de violência têm até cinco vezes mais chances de necessitar de internação psiquiátrica. Foto: Divulgação

Um estudo realizado pela Fiocruz Bahia em parceria com a Universidade de Harvard revelou que crianças, adolescentes e jovens de baixa renda, vítimas de violência, têm até cinco vezes mais chances de necessitar de internação psiquiátrica. O risco é ainda maior entre as crianças, chegando a sete vezes. A pesquisa, que analisou dados de mais de 9 milhões de pessoas entre 5 e 24 anos, de 2011 a 2019, mostrou que as taxas de hospitalização por transtornos mentais entre jovens vítimas de violência interpessoal chegam a 80,1 por 100 mil, enquanto entre os não vítimas, a taxa é de 11,67 por 100 mil.

Utilizando dados do Sistema de Informações Hospitalares e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, o estudo revelou que, desde 2011, todos os casos de violência física ou psicológica são obrigatoriamente registrados pelos serviços de saúde no Brasil. Entre os jovens com condições socioeconômicas desfavoráveis, as internações psiquiátricas foram mais frequentes, com 5,8 mil casos identificados.

Lidiane Toledo, pesquisadora associada à Fiocruz Bahia, destacou que a violência, especialmente na infância, é um fator importante para o desenvolvimento de transtornos mentais, influenciando de forma negativa a saúde ao longo da vida. Para a pesquisadora, a internação, embora necessária em casos graves, pode acarretar riscos como suicídio, autolesões e prejuízos no desenvolvimento escolar.

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