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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025
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Hepatite B

A infecção 50 vezes mais contagiosa que o HIV e a importância da vacinação

Com 10 mil novos casos por ano no Brasil, a hepatite B é uma preocupação de saúde pública; vacinação é a principal forma de prevenção

Postado em 3 de fevereiro de 2025 por Luana Avelar
As complicações das hepatites A e B podem ser graves e até mesmo fatais. Foto: Divulgação
As complicações das hepatites A e B podem ser graves e até mesmo fatais. Foto: Divulgação

A hepatite B é uma infecção viral que se destaca por sua alta transmissibilidade, sendo 50 vezes mais contagiosa que o HIV. Essa doença é transmitida principalmente através do contato com fluidos corporais infectados, como sangue, sêmen e secreções vaginais. A transmissão vertical, da mãe para o filho durante a gestação ou o parto, é uma preocupação significativa, pois pode resultar em até 90% de chance de infecção no recém-nascido se a mãe for portadora do vírus. Para combater essa epidemia, o Brasil implementa um robusto programa de vacinação.

Desde 1998, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação universal contra a hepatite B para crianças a partir do nascimento. O esquema vacinal inclui quatro doses: a primeira deve ser administrada nas primeiras 12 a 24 horas de vida, seguida por doses aos 2, 4 e 6 meses. Essa abordagem tem demonstrado alta eficácia na prevenção da infecção, especialmente em recém-nascidos de mães portadoras do vírus. A vacina utilizada é produzida por engenharia genética e é considerada segura e eficaz.

Adultos também estão incluídos nas campanhas de vacinação, especialmente aqueles que não foram vacinados na infância ou pertencem a grupos de risco. O esquema para adultos consiste em três doses: a primeira dose é seguida por uma segunda após um ou dois meses e uma terceira seis meses depois. Indivíduos imunocomprometidos podem necessitar de um esquema especial com doses ajustadas para garantir a proteção adequada. A vacinação é amplamente disponível em unidades de saúde pública em todo o país.

Além da vacinação, outras medidas preventivas são essenciais para controlar a disseminação. O uso de preservativos durante relações sexuais e a utilização de material descartável ou esterilizado em procedimentos como tatuagens e piercings são práticas recomendadas para reduzir o risco de infecção. A conscientização sobre as formas de transmissão e os sintomas também é importante para promover um diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Apesar dos avanços na vacinação e prevenção, o Brasil ainda registra cerca de 10 mil novos casos anualmente, evidenciando a necessidade contínua de campanhas educativas e acesso à vacinação.

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