O furto de energia elétrica, conhecido popularmente como “gato”, tem apresentado um aumento significativo em Goiás. O primeiro mês de 2025 registrou um aumento significativo nas operações de combate ao furto de energia, atingindo diversos setores, como empresas, comércios, academias e até centros esportivos. As ações de fiscalização foram intensificadas para coibir as ligações clandestinas e garantir um fornecimento seguro para a população.

Apenas em janeiro deste ano, foram realizadas 37 operações, resultando na prisão de 23 pessoas. Esse número representa um crescimento de quase 150% nas operações em comparação com janeiro de 2024, quando ocorreram 15 ações e 7 prisões. O aumento se torna ainda mais expressivo quando comparado a janeiro de 2023, período em que foram registradas apenas 2 operações e 3 prisões. Com isso, o avanço nas fiscalizações chega a 1.400% no número de ações e 533% no total de prisões.

Um exemplo desses casos, que aconteceu em 2024 , é o caso de um ex-funcionário da Equatorial, de 36 anos, foi preso sob suspeita de furtar energia elétrica e comercializar o serviço em Goiânia, Aparecida de Goiânia e outras cidades da região metropolitana. Ele trabalhou na empresa desde a época em que a distribuição de energia era administrada pela Enel e havia sido demitido há apenas dois meses. 

Outro episódio de grande repercussão aconteceu em Águas Lindas de Goiás, onde um pesque-pague utilizava uma ligação clandestina que atravessava uma estrada de terra, colocando pedestres e motoristas em risco. O prejuízo estimado nessa ocorrência foi de R$58 mil.

Em Trindade, uma indústria de cerâmicas também foi flagrada com uma ligação irregular. Apesar das evidências, o proprietário negou a prática. Em todos esses casos, os responsáveis foram presos em flagrante, mas acabaram sendo liberados após o pagamento de fiança.

O furto de energia gera impactos significativos para toda a sociedade, prejudicando tanto os consumidores regulares quanto a estabilidade do fornecimento. Além do prejuízo financeiro, essa prática ilegal representa riscos graves, como curtos-circuitos, incêndios e até mesmo acidentes fatais.

Para mitigar esses problemas, novas tecnologias de monitoramento remoto e aprimoramento das técnicas de fiscalização vêm sendo implementadas. A parceria com órgãos de segurança também tem sido intensificada, contribuindo para um maior sucesso das operações de combate às fraudes.

A expectativa para os próximos meses é de que as ações continuem em ritmo acelerado, reduzindo ainda mais os índices de irregularidades e garantindo um fornecimento de energia seguro e confiável para todos os consumidores.

O furto de energia gera prejuízos significativos, tanto para a distribuidora quanto para a sociedade em geral. “É como se estivéssemos em um condomínio onde alguns moradores não pagam suas contas. O custo total é dividido entre os demais, sobrecarregando quem age corretamente. Essa é uma das razões pelas quais o combate ao furto de energia é tão importante para todos nós”, explica o gerente de Serviço Técnico Comercial da Equatorial Goiás, Pabllo Barbosa

Além do impacto financeiro, as irregularidades comprometem a confiabilidade do sistema elétrico. “O furto causa sobrecarga na rede, aumenta a chance de falhas e pode até provocar acidentes graves. É uma prática que traz prejuízos em várias frentes”, alerta Pabllo. A distribuidora também realiza inspeções periódicas nos medidores de energia dos clientes com o objetivo de assegurar a qualidade da medição.

Como denunciar 

Os clientes da Equatorial Goiás têm um papel importante no combate às fraudes e furtos de energia e podem fazer denúncias de forma anônima. A companhia disponibiliza uma Central de Atendimento, com o número 0800 062 0196, para o recebimento de denúncias. 

Além disso, a população também pode entrar em contato com a Polícia Civil através do telefone 197 para ajudar na apuração dos casos. Não é necessário identificar ao realizar a comunicação