Um novo plano pretende restringir o estacionamento em importantes avenidas de Goiânia para melhorar a fluidez do trânsito. As medidas estão previstas para serem implementadas no primeiro trimestre da gestão de Sandro Mabel (UB) e fazem parte do projeto de mobilidade urbana “Rotas Fluidas”. O objetivo é desobstruir 11 vias arteriais, proibindo o estacionamento nas laterais das calçadas, exceto em áreas com baias específicas para essa finalidade.

Parte do plano será apresentada nesta sexta-feira (7/2) pelo prefeito Sandro Mabel e pelo secretário de Engenharia de Trânsito, Tarcísio Abreu, durante uma cerimônia no Paço Municipal. O documento a ser divulgado detalha as principais intervenções programadas até a segunda quinzena de abril. Mabel também deverá abordar o plano de metronização, anunciado no fim do mês passado.

Intervenção afetará 11 vias de Goiânia

Entre as vias que receberão mudanças imediatas estão a Avenida Jamel Cecílio (2,6 km), a Avenida 136 (1,4 km) e a Avenida Anhanguera, que terá 14,5 km de intervenções. Nessas vias, todas as faixas deverão ser utilizadas exclusivamente para o tráfego, semelhante ao que já ocorre na Avenida T-63. No total, serão 53 km de vias com sentido único e 106 km de sentido bidirecional contemplados no plano, elaborado pela equipe de transição.

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O documento também aponta os principais gargalos que comprometem a fluidez do trânsito, tanto estruturais quanto comportamentais. Um dos dados apresentados é o crescimento da frota de Goiânia, que aumentou 44% desde 2010, alcançando aproximadamente 914 mil automóveis e motocicletas registrados até setembro de 2024. Quando considerada toda a Região Metropolitana, o crescimento foi ainda maior: 69% no caso dos carros e 87% para as motos. Em contrapartida, o transporte coletivo perdeu cerca de 40% dos passageiros no mesmo período. O Paço Municipal pretende reverter essa tendência com medidas que incentivem o uso do transporte público.

Principais medidas previstas

O plano de desobstrução das vias está estruturado em três eixos principais: engenharia de tráfego, fiscalização e regulamentação do uso das vias. Entre as principais ações previstas para os primeiros 100 dias estão:

• Ajuste nos tempos semafóricos e sincronização dos sinais em vias arteriais para reduzir os tempos de espera e melhorar a fluidez do trânsito;
• Readequação de estacionamentos, incluindo a retirada de vagas à direita em vias de alto fluxo para ampliar a capacidade viária;
• Intensificação da fiscalização contra infrações que prejudicam o tráfego, como estacionamento em fila dupla, invasão de faixas exclusivas de ônibus e carga e descarga em horários de pico;
• Criação de baias físicas para paradas de ônibus e veículos de carga de pequeno porte, facilitando o embarque e desembarque sem comprometer a circulação;
• Liberação de conversões à direita em cruzamentos semaforizados, quando viável, para reduzir retenções desnecessárias;
• Aprimoramento da sinalização vertical e horizontal, garantindo maior previsibilidade para motoristas e pedestres.

O planejamento também contempla estudos de médio e longo prazo para obras estruturais, como viadutos e passagens elevadas. Além disso, será implementado um sistema de controle semafórico inteligente, que ajustará os tempos dos sinais conforme a demanda do tráfego em tempo real.