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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
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Política Nacional

Bolsonaro elegível em 2026 passa de conjectura para possibilidade 

Eleições nas casas legislativas, acordos secretos, flertes e campanhas de propaganda  

Postado em 10 de fevereiro de 2025 por Raunner Vinicius Soares
Bolsonaro foto reprodução
Bolsonaro foto reprodução

O ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro (PL), tem dado a entender em eventos bolsonaristas que disputará, em 2026, à presidência do Brasil. Em uma situação recente, durante o lançamento da Frente Goiana dos Vereadores de Direita (Fegovedi), na última sexta-feira (7), fez uma declaração, em tom descontraído, que seu vice na chapa presidencial de 2026 poderia ser de Goiás, se referindo ao vereador Major Vitor Hugo. No entanto, por trás de um evidente recurso cômico para enaltecer o então anfitrião e, ao mesmo tempo, divertir o público, pode esconder de articulações, que já se concretizaram, a acordos secretos com o Congresso Nacional.  

O que possibilitou as recentes vitórias de Davi Alcolumbre (União), no Senado, e Hugo Motta (Republicanos), na Câmara dos Deputados, foram os acordos com os partidos, da esquerda à direita. Ambos os espectros se uniram para levá-los às lideranças das casas legislativas. A esquerda buscava mais governabilidade e a direita a aprovação de pautas sensíveis para sua sobrevivência política. Mais, especificamente, o que garantiu os votos do Partido Liberal (PL), de Bolsonaro, e possivelmente outros partidos que seguem a onda bolsonarista, são às presidências das comissões parlamentares, o projeto de anistia dos condenados pelo ‘8 de janeiro’ e a mudança na Lei da Ficha Limpa.       

Em algumas entrevistas, os novos líderes das casas legislativas têm flertado com esses planos, mas podem ter que enfrentar a judicialização no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além disso, analistas apontam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao ceder mais espaços no governo aos aliados de hoje, pode estar fortalecendo os adversários de amanhã. Com essas condições, aparentemente conspirando, de todos os elos necessários, Jair Bolsonaro elegível em 2026 passa de conjectura para possibilidade.  

Com a articulação feita, a campanhas de propaganda tem sido uma das ferramentas para legitimar, junto à população, as pautas no Congresso. Tanto em eventos, quanto em suas redes sociais. Nesta sexta-feira (7), por exemplo, o ex-presidente fez os seguintes apontamentos em uma publicação: “‘Bolsonaro quer acabar com a lei da ficha limpa’. Deixo claro que lá atrás, votei favorável a esse projeto, mas vamos lá. Para que serve a Lei da Ficha Limpa hoje em dia? Dilma Rousseff foi cassada pelo Congresso, cuja a sessão foi conduzida pelo então ministro Lewandowski do Supremo, e no final resolveram fazer uma gambiarra permitindo que ela pudesse continuar com seus direitos políticos, porque a pena assessória é inelegibilidade por 8 anos”.  

Leia mais: Semipresidencialismo: Lula e Bolsonaro contra, Temer a favor

“Depois, também, tivemos o caso do Lula, que foi tirado da cadeia por uma decisão do Supremo, porque lá mudaram o entendimento sobre a prisão em segunda instância, fora da cadeia, ele continuava inelegível, porque tinha uma condenação em terceira instância que era o STJ. Resolveram, então, descondená-lo. O que é isso? É absolvê-lo? Não, é fazer que o processo volte à primeira instância, que deveria ser segundo entendimento lá em Brasília e não Curitiba”, salienta.  

“Jair Bolsonaro, ‘qual o crime’? Reunir-se com embaixadores? Após o desfile, ocupar o carro de som e fazer um pronunciamento? Abuso de poder político e abuso de poder econômico? Ou seja, a Lei da Ficha Limpa hoje em dia, serve apenas para uma coisa, para que se persiga os políticos de direita. Você sabia que o Luciano Hang está inelegível? Por quê? Você nunca ficou sabendo que disputou qualquer eleição?”, indaga.  

“Até isso fizeram, uma medida preventiva, tornando o Luciano Hang, um empresário conhecido por todos vocês, inelegível por 8 anos. Para que ele, então, nem sonhasse disputar uma vaga para o Senado, uma vice-presidência da República, ou presidente da República. Ou seja, repito a Lei da Ficha Limpa serve apenas para isso, perseguir a direita e ponto final”, afirma.  

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