O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, determinou em decisão liminar a suspensão do inquérito da Polícia Federal (PF) que tem como alvo de busca e apreensão o ex-governador e presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo. 

A defesa de Marconi protocolou uma reclamação e um pedido de suspensão ao Supremo. Em nota, alegaram que “a defesa tem sustentado desde o princípio a ilegalidade e o excesso da medida cautelar, especialmente em razão da contemporaneidade”. O advogado do tucano, Romero Ferraz Filho, também negou “qualquer irregularidade cometida” por Marconi. 

Além disso, a defesa aponta a prerrogativa de foro, visto que as investigações da PF se relacionam com o período em que Marconi governava o estado. Logo, as medidas deveriam ter sido autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

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O ministro Mendes determinou a suspensão do inquérito até que a reclamação seja julgada em definitivo. Além disso, Gilmar solicitou informações sobre o caso para a 11ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Goiás, que autorizou a operação da PF. 

A PF deflagrou, na última quinta-feira (2), a operação Panaceia. O inquérito apura o desvio de dinheiro na área da saúde em Goiás. A operação aconteceu em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) e a Receita Federal (RF) que apontaram que os atos ocorreram entre os anos de 2012 a 2018. Segundo as investigações, os desvios ocorreram pela subcontratação da organização social Instituto Gerir, que geriu dois hospitais estaduais entre 2012 e 2018.