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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
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Eleições

Com dez nomes ventilados, direita vai afunilar para 2026

Tendência é que parte dos nomes fique pelo caminho conforme se aproxima a disputa presidencial do ano que vem

Postado em 17 de fevereiro de 2025 por Francisco Costa
Urna Eletrônica Marcelo Camargo ABR
Urna Eletrônica Marcelo Camargo ABR

Hoje, pelo menos dez nomes aparecem como possibilidades da direita para disputar o Planalto contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou quem ele indique. O grande volume ocorre pela falta de uma figura centralizadora, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030. A tendência, contudo, é que boa parte desses nomes fique pelo caminho.

Entre os candidatos, o mais certo – e que vai oficializar a pré-candidatura em março – é o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Desde o ano passado, o gestor do Estado tem articulado para concorrer à presidência.

Outro que colocou o nome à disposição para o Planalto é o cantor sertanejo Gusttavo Lima (sem partido). Ele, contudo, tem recebido convites de partidos grandes, como o União Brasil de Caiado, para concorrer ao Senado. É possível que, para efetivar uma candidatura à presidência, encontre resistência em grandes siglas.

Com menos barulho, atualmente, o influenciador goiano Pablo Marçal (PRTB) também disse que entraria na disputa. O assunto parece ter esfriado, mas ele segue como pré-candidato ao Executivo Federal.

Mas, além de Caiado, outros governadores estão na lista de possibilidades. O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, defende o gestor do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), para concorrer ao cargo. Em Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) já se apresentou como pré-candidato, mas também disse que aceitaria compor.

Pelo PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, pode entrar na disputa. Segundo o membro da executiva do partido, o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Jardel Sebba, o gestor é o nome de Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB, ao Executivo.

Leia mais: Tarcísio seria a principal ameaça a Lula em 2026, diz pesquisa

Por fim, visto como possível sucessor de Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é uma possibilidade. Ele já disse em outros momentos que disputará a reeleição no Estado, mas a depender do apoio, a situação pode mudar.

Tarcísio é o único, entre os governadores, no primeiro mandato. Caiado, Zema, Ratinho Júnior e Leite encerram suas gestões em 2026.

PL

O ex-presidente Jair Bolsonaro quer disputar o Planalto. Hoje, impedido pela Justiça, ele mantém o discurso de reversão da inelegibilidade para animar os seguidores. Como “plano B”, os nomes dos filhos dele, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), já circularam.

Segundo o próprio presidente, a ideia é lançar os dois, além da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL-SP), ao Senado. E os outros filhos, os vereadores Carlos Bolsonaro (RJ) e Jair Renan (SC), à Câmara dos Deputados.

Ainda dentro do PL, um goiano anunciou pré-candidatura. O deputado estadual Paulo Cézar Martins afirmou que conversaria com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, sobre a possibilidade. Porém, mesmo dentro de Goiás ele é não visto como o nome mais conhecido do partido. No Estado, o deputado federal Gustavo Gayer e o vereador por Goiânia Major Vitor Hugo se destacam. Ambos devem disputar o Senado em 2026.

Natural

O professor e cientista político Guilherme Carvalho afirma que no campo da direita, que desafia o atual presidente, é natural ter um número maior de candidatos. “De todos esses nomes, os candidatos que correm pela centro-direita – os governadores, no caso -, se chegassem a um bom termo com o apoio de Bolsonaro, ainda teriam o desafio de se tornarem conhecidos.”

Para ele, essa lista pode não persistir por muito tempo. Segundo o professor, para “bater Lula” é preciso que alguém consiga reunir os elementos de apoio e conhecimento além das fronteiras do próprio Estado, “que é um problema até para o Tarcísio, governador de São Paulo, maior Estado do País”. “Se não for possível congregar todas as forças ao redor [de uma candidatura de consenso ou de maioria], fica difícil derrotar o Palácio do Planalto.”

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