Asma: uma sentença ou uma condição controlável?
Médicos esclarecem mitos e verdades sobre a doença infantil e explicam como garantir qualidade de vida para as crianças asmáticas
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Embora a asma seja uma das condições respiratórias mais comuns entre crianças, ainda há muitas dúvidas sobre seu tratamento e controle. A crença de que a doença pode desaparecer com o tempo ou que bombinhas causam dependência leva muitos pais a equívocos que podem prejudicar a qualidade de vida dos pequenos. Especialistas alertam que, embora não tenha cura, a asma pode ser controlada com acompanhamento médico adequado.
Um dos mitos mais comuns é a ideia de que a criança ‘supera’ a asma ao crescer. Por mais que os sintomas possam diminuir na adolescência, a doença pode retornar na fase adulta, especialmente diante de fatores desencadeantes. Outro equívoco é o medo do uso de bombinhas, quando, na verdade, esses medicamentos são fundamentais para reduzir a inflamação e evitar crises graves.
A prática de atividades físicas também é cercada de desinformação. Diferente do que muitos acreditam, crianças asmáticas podem e devem praticar esportes, desde que estejam com o tratamento em dia. Além disso, alternativas naturais como chás e técnicas de respiração podem aliviar sintomas, mas não substituem o acompanhamento médico.
O controle da doença exige acompanhamento regular com um pediatra ou pneumologista infantil. O profissional pode ajustar a medicação conforme necessário e orientar os pais sobre como lidar com crises e evitar gatilhos comuns, como poeira e mudanças climáticas. A educação da família sobre a asma é um dos principais aliados para garantir que a criança tenha uma rotina normal e segura.
Com o tratamento correto, crianças com asma podem ter uma vida plena, sem limitações em seu desenvolvimento físico ou social. O mais importante é desmistificar informações erradas e garantir que os pequenos tenham acesso aos cuidados necessários para evitar complicações e viver sem medo das crises.