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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
Queixa-crime

Denúncia contra Bolsonaro movimenta bastidores do PL goiano

Principais figuras do PL na Câmara de Goiânia reafirmam apoio ao presidente de honra frente denúncia da PGR

Postado em 19 de fevereiro de 2025 por João Reynol
5 nota foto Antonio Augusto PGR
PGR envia denúncia de Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF). | Foto: Antônio Augusto/PGR

Há uma semana do Carnaval, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve apreciar a denúncia de golpe de estado do ex-presidente da república Jair Bolsonaro (PL) que pode encarcerar o ex-mandatário por um período de 30 anos. A denúncia feita pelo procurador geral da República, Paulo Gonet, sanha imputar a Bolsonaro e mais 33 aliados do ex-mandatário sobre supostos crimes cometidos no final da gestão de 2022. O processo formalizado na noite desta última terça-feira (19) contabiliza os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, além dos agravantes por ser um funcionário público durante as datas apuradas.

Com a ação iniciada, o presidente do STF, Roberto Barroso, afirmou anteriormente para jornalistas que a denúncia de Bolsonaro será julgada imparcialmente e sem viés político. Segundo ele, todos os processos que passam pela Primeira Turma são julgados baseados na constituição e no código penal, independente do réu ou de sua filiação partidária. “É claro que há uma dimensão política em certos assuntos, mas a minha visão na vida, em meus quase 12 anos no Tribunal é: está certo, está certo, está errado, está errado. Portanto, a minha visão do direito em geral não é uma visão politizada, é uma visão fundada na integridade, no que é certo, justo e legítimo”, contudo, vale lembrar que Barroso já deferiu críticas pessoais ao ex-presidente em eventos.

Para as principais figuras do movimento bolsonarista goiano, esta denúncia não se baseia na realidade, como comenta o vereador mais bem votado de Goiânia, Vitor Hugo (PL). Segundo o parlamentar municipal, as denúncias do ex-presidente são infundadas na realidade e fortalecem a visão de uma perseguição política. “Caso efetivamente seja apresentada uma denúncia, estará configurada uma tremenda injustiça. Não houve tentativa de golpe e nenhum atentado à democracia. Bolsonaro é o maior líder da direita do País, sempre foi uma pessoa correta, honesta e cristã, e essas acusações são totalmente infundadas.” 

Além disso, o vereador Willian Veloso (PL), afirmou ao O HOJE que as supostas injustiças começaram com inelegibilidade de Bolsonaro e antes da denúncia ser feita. Segundo o presidente da bancada do PL na Câmara Municipal de Goiânia, reafirma a inocência de Bolsonaro e rebate as afirmações de Barroso perante o julgamento dito imparcial do presidente de honra da sigla. 

“Infelizmente, dado a todos os acontecimentos pós eleição presidencial de 2022, com uma perseguição implacável ao Presidente Bolsonaro, criando narrativas absurdas, o tornando inelegível por motivos inexistentes mas sustentados pelos cupinchas do atual presidente, os quais cito ministros do TSE e do STF, por tudo isso, não acredito em julgamento ‘sem viés político’, muito pelo contrário, pois se não fosse esse viés, Bolsonaro sequer teria sido julgado inelegível, pois não cometeu crime algum. O que está acontecendo de longe é justiça, e sim justiçamento”, afirma. 

Além do ex-presidente, a PGR ainda encaminhou um documento separado que denuncia outras 33 figuras, como ex-ministros, militares e aliados políticos de Bolsonaro como: general Braga Netto; general Paulo Nogueira, ex-ministro da Defesa; Almir Garnier, ex-comandante da marinha e o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). 

Ainda na noite do dia 18, o ex-presidente adentrou no edifício do Senado acompanhado do filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ), segundo revelou o G1. Segundo informou o senador, Bolsonaro deve pressionar a Casa para aprovar as políticas de seu interesse como a anistia dos condenados pelo 8 de janeiro e a alteração da Lei Ficha Limpa que o deve permitir retornar para a presidência do país.

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