Lúpus em cães: saiba reconhecer os sintomas e proteger seu pet
Entre as raças mais predispostas estão poodle, pastor alemão, setter irlandês e beagle
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O lúpus é uma doença autoimune que pode afetar cães de diversas raças, comprometendo a saúde do animal e exigindo acompanhamento veterinário. Assim como em humanos, a condição faz com que o sistema imunológico ataque as próprias células do organismo, causando inflamações e comprometendo diversos órgãos. Entre as raças mais predispostas estão poodle, pastor alemão, setter irlandês e beagle.
Neste mês, a campanha “Fevereiro Roxo” busca conscientizar sobre doenças autoimunes, incluindo o lúpus, destacando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento contínuo para garantir qualidade de vida aos pacientes, sejam humanos ou animais.
O lúpus pode se manifestar de duas formas principais nos cães. O lúpus eritematoso discóide (DLE) afeta a pele, provocando lesões, descamação e feridas, especialmente na região do nariz e ao redor dos olhos. Já o lúpus eritematoso sistêmico (LES) compromete vários órgãos internos, podendo atingir rins, coração, pulmões, articulações e sangue.
Sinais e sintomas
Os sinais clínicos do lúpus variam conforme a forma da doença. Cães com LES podem apresentar febre recorrente, anemia, insuficiência renal, artrite, perda de pelos, inflamação muscular e articular, gengivas pálidas e dificuldade de locomoção devido à deficiência circulatória. A doença também pode causar dermatites persistentes e úlcerações na pele.
Já o DLE é caracterizado por lesões na pele que podem evoluir para crostas e úlcerações. Em alguns casos, a depigmentação do nariz é um dos primeiros indícios da doença. Como os sintomas podem ser confundidos com outras doenças dermatológicas, o diagnóstico preciso só pode ser feito por um veterinário.
Diagnóstico e tratamento
A confirmação da doença exige exames laboratoriais, incluindo análise sanguínea e biópsia da pele. “O lúpus é uma doença complexa que pode comprometer a qualidade de vida do animal, por isso o acompanhamento veterinário é fundamental para um tratamento adequado”, explica o veterinário Rodrigo Barcelos.
O tratamento varia conforme a gravidade do quadro e pode incluir medicamentos imunossupressores, anti-inflamatórios e terapia de suporte. Para os casos de DLE, o uso de protetores solares e evitar exposição direta ao sol são medidas recomendadas para evitar o agravamento das lesões cutâneas.
“Cada paciente deve receber um tratamento individualizado”, destaca Barcelos. “Além da medicação, o ambiente e a alimentação do animal devem ser adaptados para reduzir os impactos da doença no dia a dia. O apoio do tutor e o acompanhamento veterinário frequente são essenciais para garantir o bem-estar do pet”.
Atenção aos sinais
Apesar de não ter cura, o lúpus pode ser controlado com tratamento adequado e acompanhamento contínuo. Caso o tutor perceba sintomas compatíveis com a doença, é fundamental buscar orientação profissional o quanto antes. O diagnóstico precoce e a terapia adequada podem garantir uma melhor qualidade de vida para os pets afetados pela doença.