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sábado, 22 de fevereiro de 2025
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Goiânia 

Trama para tentar desbancar grupo de Policarpo sofre desgaste na Câmara

Vereadores enxergam a atitude ‘prematura’ e, até mesmo, ‘ilegal’ por parte de Ronilson 

Postado em 20 de fevereiro de 2025 por Raunner Vinicius Soares
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Romário Policarpo é reeleito no seu 4º madato como presidente da Casa. | Foto: Divulgação

A tentativa de antecipação das eleições na Câmara Municipal de Goiânia é frustrada pelo grupo de vereadores da situação representados pelo presidente da casa legislativa, Romário Policarpo (PRD). O vereador Ronilson Reis (Solidariedade) articulou a ‘conspiração’, mas não alcançou nenhum resultado até o momento. O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União), observou que a ação foi ‘inconveniente’ e ‘prematura’. A vereadora Rose Cruvinel (União) apontou que apesar de não ter sido consultada, ouviu falar, e acha ‘prematuro’. O vereador Fabrício Rosa (PT) afirmou que é “contra a antecipação das eleições, porque é ilegal, conforme decisões das cortes superiores”.  

Fabrício relembrou um caso recente em que o Superior Tribunal Federal (STF) anulou uma eleição antecipada. “Na mais recente delas, de novembro do ano passado, o STF anulou, por meio de uma ADI, uma eleição antecipada para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. A própria Assembleia Legislativa de Goiás precisou realizar uma nova eleição para regularizar a antecipação feita pelo atual presidente da Casa. Além de ilegal, entendo que todo processo eleitoral deve respeitar o contexto sócio-político de sua época”, explicou.  

O parlamentar petista salientou que da mesma forma que não se pode antecipar a eleição de quaisquer mandatários, não se pode antecipar uma eleição na Câmara de Goiânia. “Do mesmo modo que não podemos antecipar as eleições de Lula, de Caiado ou de Mabel para hoje, não deveríamos antecipar quaisquer outras, sob pena de sermos desleais aos interesses, conflitos e demandas da população em cada momento histórico”, ponderou.  

O vereador Romário Policarpo e o seu grupo demonstram força dentro do legislativo municipal, tendo em vista que ele está em viagem para Índia, com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e mesmo longe, seu grupo desbancou a trama para derrubá-los na próxima eleição da casa. O parlamentar foi eleito pela quarta vez seguida, por unanimidade, presidente da Câmara Municipal de Goiânia. Ele é o único presidente a ter quatro mandatos. O mandato atual é de dois anos de 2025 a 2026.  

Leia mais: Frente parlamentar de direita será lançada na Câmara de Goiânia

O vereador Ronilson Reis apoia explicitamente a gestão do prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, em suas redes sociais, demonstrando que a tentativa de antecipar as eleições dentro da Câmara de Goiânia provém de uma possível divergência na própria base da atual gestão municipal. Além disso, a ação pode estar prenunciando um possível racha dentre os governistas na casa legislativa. Ainda que o caso não tenha sido desvendado, revela que Mabel não está governando com tanta tranquilidade como aparenta.   

Uma das táticas para evitar a revelação de crises internas para a imprensa, tem sido a postagem de fotos e textos articulando que, na verdade, a situação não é o que parece. Um dos casos emblemáticos, foi a saída de Lucas Kitão (União) da sua equipe de secretários. Kitão, que abandonou a candidatura à prefeitura para apoiar o Mabel, foi colocado em uma secretaria tida como ‘irrelevante’ e ‘não estruturada’ pelos vereadores da oposição. Após o episódio, o parlamentar retornou para a Câmara afirmando que ia dar continuidade ao trabalho da prefeitura, agora, com os vereadores. A sua saída da prefeitura foi marcada com uma mensagem de amizade entre os dois, no entanto, interlocutores não reconhecem tal relação.   

A atual composição  

No primeiro dia de 2025, após a posse dos 37 vereadores, prefeito e vice-prefeita, foi apresentada uma chapa única composta por: Anselmo Pereira (MDB); Isaías Ribeiro (Republicanos), Sargento Novandir (MDB); Leia Klébia (Podemos); Henrique Alves (MDB); Juarez Lopes (PDT); Thialu Guiotti (Avante); Aava Santiago (PSDB); Oséias Varão (PL); Tião Peixoto (PSDB); e o Coronel Urzeda (PL). 

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