O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

Saúde

Sem ar-condicionado, servidores compram ventiladores para suportar calor nos hospitais

Sindicato aciona prefeitura desde dezembro

Postado em 1 de março de 2025 por Otavio Augusto
Foto de Capa 2025 03 01T125357.399
Crise nos hospitais. Foto: Divulgação

Funcionários de unidades de saúde da cidade de São Paulo têm enfrentado calor no ambiente de trabalho sem ar-condicionado. Na Unidade de Vigilância em Saúde (UVIS) São Miguel, na zona leste, servidores compraram ventiladores por conta própria para tentar amenizar o calor. Segundo relatos, dois profissionais passaram mal em fevereiro devido às condições térmicas.

Calor nos hospitais

Os trabalhadores afirmam que o local não tem previsão para receber aparelhos de climatização. Além disso, o elevador da unidade está quebrado, obrigando os agentes de saúde a subir e descer escadas. Com um termômetro próprio, os servidores registraram 42°C dentro do prédio.

A situação se repete em hospitais e unidades de pronto atendimento. No Hospital Municipal Tide Setubal, em São Miguel Paulista, e no Professor Doutor Alípio Corrêa Netto, em Ermelino Matarazzo, termômetros indicaram mais de 32°C em áreas de atendimento. No Tide Setubal, funcionários também compraram ventiladores portáteis.

Desde dezembro, o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) notifica a prefeitura pedindo a instalação de ar-condicionado, ventiladores, pontos de hidratação e protetores solares para agentes de saúde. No dia 21 de fevereiro, quando os termômetros marcaram mais de 30°C na cidade, o sindicato reforçou as solicitações.

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde afirmou que está realizando melhorias nos sistemas de climatização das unidades de saúde. A pasta informou que os hospitais Tide Setubal e Alípio Corrêa Netto passam por reformas que incluem ampliação dos leitos e adequações para conforto térmico.

O Sindsep destaca que o pedido de climatização se baseia no Plano de Ação Climática do Município de São Paulo, que considera temperaturas acima de 27°C como fator de desconforto térmico. Servidores relatam que pacientes também passam mal devido ao calor.

centro04
Ar condicionado. Foto: Divulgação

O Ministério da Saúde classifica os espaços de atendimento médico como vulneráveis ao calor, pois recebem grande fluxo diário de pessoas. Segundo especialistas, a exposição prolongada a temperaturas elevadas pode causar queda de pressão, tontura, desidratação e até risco de morte.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também