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terça-feira, 4 de março de 2025
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De olho em 2026

Possíveis presidenciáveis, Caiado e Tarcísio olham para sucessão

Governadores são cotados para o Planalto, mas planejam eleger aliados em seus redutos eleitorais

Postado em 4 de março de 2025 por Thiago Borges
Possíveis presidenciáveis, Caiado e Tarcísio olham para sucessão
Foto: Reprodução

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), compartilham – além do cargo de gestor estadual – o status de possíveis candidatos à Presidência da República na disputa eleitoral de 2026. Com a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ambos são cotados para suprir a ausência deixada pelo líder político da direita. Porém, em meio as possíveis candidaturas visando o Planalto, surge outro problema: eleger um sucessor em seus respectivos redutos eleitorais.

Caiado é o primeiro presidenciável a se lançar como pré-candidato. O governador já anunciou a data de lançamento de sua pré-candidatura: 4 de abril de 2025. Será no Centro de Convenções de Salvador, na Bahia, ao lado do vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, e de outros correligionários e apoiadores que Caiado irá dar partida em sua segunda corrida rumo ao Palácio do Planalto – o governador disputou na primeira eleição pós-ditadura militar, em 1989.

Tarcísio ainda não decidiu se será candidato à Presidência da República ou se disputará a reeleição em São Paulo. Porém, o governador possui um trunfo importante na disputa pelo Planalto: é o número um da lista dos favoritos de Bolsonaro. O chefe do Executivo paulista foi ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro e cultiva uma boa relação com o ex-presidente. Tarcísio ser candidato ao Executivo federal, sendo apoiado por Bolsonaro, é o caminho natural. O cenário só não aconteceria caso o ex-presidente consiga reverter a sua inelegibilidade, o que é visto como improvável, ou o governador opte por disputar a reeleição em São Paulo – onde a vitória é mais palpável.

Em São Paulo, a situação hipotética de Tarcísio fora do páreo pelo Palácio dos Bandeirantes faz surgir novos players políticos na disputa pela gerência do Estado mais cobiçado do país. O presidente do PSD e secretário de Governo de Tarcísio, Gilberto Kassab, é um dos maiores interessados na governadoria paulista. Kassab vê dois caminhos possíveis: apoiar o governador na disputa pela Presidência e disputar o governo do Estado ou disputar a vice em São Paulo em uma chapa buscando a reeleição de Tarcísio. Além do mandatário do PSD, outros aliados também enxergam com bons olhos o Executivo estadual.

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O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), mira o Senado Federal, mas avalia disputar a sucessão estadual. Outros nomes que podem surgir caso Tarcísio opte por Brasília são: o deputado estadual André do Prado (PL), presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp); o deputado federal Ricardo Salles (Novo); e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que renunciaria o município visando o Estado e teria o aval do presidente da sigla, o deputado Baleia Rossi.

A situação traria dor de cabeça para Tarcísio que, claro, teria interesse em fazer um sucessor em São Paulo e assistiria apoiadores e membros de sua base política se digladiarem para terem seu apoio.

A situação é diferente com Caiado, já que o nome do vice-governador Daniel Vilela (MDB) é um consenso entre a base governista para a disputa do Executivo goiano de 2026. Vilela já é tratado como nome certo da disputa e deve assumir a gestão do Estado já no ano que vem, já que Caiado precisará passar pelo período de desincompatibilização para disputar à Presidência. Para o núcleo que cerca o governador de Goiás a disputa é pela vice na chapa de Daniel e pela segunda vaga no Senado – a primeira-dama Gracinha Caiado já ocupa uma das vagas da base.

Considerando o grau de dificuldade de uma eleição para a Presidência e a incerteza de vitória, eleger sucessores se torna uma tarefa ainda mais importante para Caiado e Tarcísio. Ambos os gestores precisam manter a relevância e o capital político em seus colégios eleitorais, pensando em caso de derrota na disputa pelo Planalto. (Especial para O Hoje)

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