Prefeitos do PL devem enfrentar difícil decisão caso Wilder dispute Governo
Com a corrida pelo governo de Goiás ainda incerta, figuras do partido ligadas ao palácio tendem a colocar na balança perdas e ganhos

A partir da metade de 2025, os 27 prefeitos que são filiados ao PL devem enfrentar uma dura decisão que pode moldar os próximos três anos de governo dos municípios. Com a saída de Ronaldo Caiado (União Brasil) do governo do Estado, as eleições de 2026 para Goiás devem repetir o quadro das eleições municipais de 2024 em Goiânia e Aparecida para uma disputa das direitas.
A previsão que analistas apontam para essa corrida é que o atual vice-governador Daniel Vilela seja candidato pela legenda do MDB contra o atual senador e presidente estadual do PL, Wilder Morais. As previsões era que até então os dois concorrentes formariam uma chapa com Vilela sendo o primeiro nome como afirmou o próprio emedibista em entrevista exclusiva ao O HOJE. Contudo, o senador deve ir contra essa aliança e disputar uma vaga para o Governo, com isso, o MDB em Goiás deve articular uma chapa com o PSD tendo o deputado estadual Wilde Cambão, como afirma a Coluna Xadrez da edição deste fim de semana.
Caso isso ocorra, a atual divisão que existe dentro PL deve se estender ainda mais e ocasionar um êxodo de prefeitos da sigla à medida que o próprio diretório estadual envia mensagens conflitantes sobre o alinhamento político com a direção nacional dos objetivos do Estado. Se essa saída se confirmar, estes mandatários devem migrar para partidos da base governista de Caiado, entre o União e MDB, que deve se mover para a base de Vilela como sucessor do governador.
Como foi revelado pelo O HOJE no início de fevereiro, o governador segue uma investida para atrair os principais nomes à base e garantir uma quorum de eleitores em 2026, tanto para Vilela no Governo quanto para os objetivos próprios rumo à presidência. Estes avanços fazem parte de tratativas com os líderes para o apoio do executivo estadual em troca de recursos, emendas e facilidades na gestão municipal, caso contrário. Na reunião do PL em Brasília neste último dia 11, o partido enviou uma mensagem clara de resistência contra os avanços e garantiu que os prefeitos seriam atendidos com as emendas parlamentares da legenda..
A decisão dos palacianos, portanto, se baseia em ser de governo ou oposição a depender das vitórias do executivo, e cada um tende a oferecer um possível. Segundo dizem os bastidores e especialistas, Vilela tende a ser o candidato com mais chances de ganhar o Palácio das Esmeraldas seguindo o grande número de eleitores do Caiado.
Com a situação, os prefeitos devem ter uma facilidade de governo quando comparada com a oposição no apoio dos projetos e articulações de recursos o que pode ser o diferencial para cidades com grandes centros produtivos como Anápolis. Sobre isso, a decisão pode pesar ainda mais em cima do atual prefeito Márcio Corrêa (PL) que se retirou do MDB para seguir com o PL com o apoio de Vilela. Apesar da cidade enfrentar um grave problema fiscal, a cidade anapolina possui um polo industrial que deve ser de interesse do futuro governador para que a cidade seja da base.