O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

quinta-feira, 6 de março de 2025
No DF

Subsídio das passagens se torna instrumento político de Ibaneis Rocha

Cientista político explica que goianos que trabalham no DF, fazem a publicidade positiva boca a boca para Ibaneis Rocha

Postado em 6 de março de 2025 por Francisco Costa
Ibaneis Rocha foto reprodução
Ibaneis Rocha foto reprodução

No último mês, os governos de Goiás e do Distrito Federal (DF) concordaram em instituir um novo modelo de subsídio ao transporte da região, dividido pelos dois entes, a fim de evitar reajuste nas passagens. Pelo menos enquanto a infraestrutura do serviço não está sob a responsabilidade do Governo Federal. A medida, claro, beneficia, sobretudo, os trabalhadores goianos que vão ao DF.

Hoje, vivem 2,8 milhões de pessoas no DF, que tem cerca de 2,2 milhões de eleitores (dados de 2022). Conforme levantamento de 2020, cerca de 200 mil trabalhadores do entorno atuavam no Distrito Federal, à época (hoje, possivelmente mais). Eles não votam no local, mas podem influenciar pela vivência que têm na região. O boca a boca.

O professor e cientista político, Marcos Marinho, explica que o subsídio, enquanto medida publicitária, é “excelente”, pois é um investimento com aval do governo “para fazer propaganda para quem eu quero. Para mim ou para quem eu escolher”.

Segundo Marinho, a medida contribui para os goianos. Eles vão trabalhar em Brasília e falar bem da gestão para quem mora e vota no Distrito Federal. Para ele, esse boca a boca “é uma publicidade barata, porque ele [Ibaneis] não gasta do próprio bolso, mas do bolso do governo, e é uma ação publicitária interessante, porque tem justificativa para fazer, devido à dinâmica do DF, que vive da mão de obra goiana. Essas pessoas serão afetadas diretamente por uma ação do governo”.

A região metropolitana do entorno do Distrito Federal é composta pelos seguintes municípios goianos: Águas Lindas de Goiás, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Padre Bernardo, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás.

Celina Leão

Ibaneis não pode disputar a reeleição. Porém, ele já deixou claro que tem a vice, Celina Leão (PP), como sucessora. O governador, contudo, articula com os partidos aliados a possibilidade de compor a chapa com alguém da confiança dele.

Leia mais: Daniel Vilela acerta subsídio para o transporte coletivo

Apesar de não ter escolhido um vice para Celina, ele adiantou a veículos de comunicação locais que gostaria de alguém de “plena confiança” e com perfil técnico. “O vice da Celina será escolhido em acordo dos partidos da base, mas deverá ter um perfil técnico e ser da minha plena confiança”, declarou.

Tem circulado nos bastidores que o nome poderia ser do secretário da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha. Ele é advogado e foi ex-ministro dos Direitos Humanos. Além disso, tem bom trânsito nos Três Poderes. No momento, todavia, trata-se apenas de especulação. Ibaneis, por sua vez, deve concorrer ao Senado.

Celina, que é natural de Goiânia, já garantiu mais uma aliada para seu projeto de 2026. A senadora Damares Alves (Republicanos) já disse à imprensa local que não disputará o cargo e que a decisão é definitiva. Além disso, hipotecou apoio à sucessora de Ibaneis.

“Fico muito feliz que lembrem o meu nome. Ouço esses pedidos não só da classe política, mas das pessoas nas ruas. Mas não tenho nenhum plano de disputar o Governo do Distrito Federal. Já me decidi. A Celina [Leão (PP)] está muito bem. A Celina é irmã”, disse Damares, que chegou a ser ventilada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “A Celina, sendo candidata, terá o meu apoio”, completou.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também