Menos horas, mais vida: brasileiros querem redução da jornada de trabalho
Pesquisa revela que maioria apoia carga horária menor, enquanto debate sobre impacto econômico divide opiniões

Uma pesquisa da Nexus, divulgada nesta terça-feira (11), aponta que 65% dos brasileiros defendem a redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais. O apoio é ainda maior entre os jovens de 16 a 24 anos, atingindo 76%. Os dados também indicam que 66% dos trabalhadores empregados e 73% dos desempregados são favoráveis à mudança, reforçando a expectativa de que a medida poderia impulsionar novas oportunidades no mercado.
A pesquisa mostra que a redução da carga horária teria impacto direto na vida pessoal dos brasileiros. Metade dos entrevistados afirma que dedicaria mais tempo à família, enquanto 29% das mulheres priorizariam o cuidado com a própria saúde. Além disso, 47% da população vê na medida uma chance de fortalecer laços familiares, 25% a consideram benéfica para o bem-estar físico e 22% aproveitariam a folga extra para buscar renda complementar.
O debate sobre os impactos econômicos da medida divide opiniões. Para 55% dos entrevistados, uma jornada menor aumentaria a produtividade, enquanto 20% acreditam no efeito oposto. Já a perspectiva para as empresas também se mostra equilibrada: 35% dos brasileiros avaliam que seriam beneficiadas, ao passo que 33% temem prejuízos financeiros.
Exemplos internacionais apontam que uma carga horária reduzida não necessariamente compromete a economia. Na França, a jornada semanal máxima é de 36 horas, com algumas cidades registrando média de 29 horas trabalhadas, sem perda de produtividade. No Japão, a Microsoft implementou uma semana de quatro dias e registrou um aumento de 40% no faturamento por funcionário, desmistificando a ideia de que menos trabalho significa menor rendimento.
Paralelamente, tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei para acabar com o modelo de escala 6×1, no qual o trabalhador atua seis dias e tem apenas um de descanso. A proposta, protocolada em fevereiro deste ano, sugere a redução da jornada para 36 horas semanais sem corte salarial, um movimento que pode reconfigurar o mercado de trabalho no Brasil.

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