O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve elevar a taxa básica de juros, a Selic, mais uma vez nesta quarta-feira (19/3), em meio a um cenário de pressões inflacionárias persistentes.

A expectativa do mercado, segundo o boletim Focus, é de um aumento de 1 ponto percentual, o que levaria a Selic de 13,25% para 14,25% ao ano. Esta seria a quinta alta consecutiva da taxa, refletindo os impactos do aumento dos preços dos alimentos e da energia, além das incertezas externas e dos efeitos do pacote fiscal do governo no final de 2024.

Na reunião de janeiro, o Copom já havia sinalizado a intenção de elevar a Selic em 1 ponto percentual em março, destacando o cenário adverso de inflação de curto prazo. O comitê alertou que a inflação deve permanecer acima da meta pelos próximos seis meses, com destaque para a alta nos preços dos alimentos. Projeções do mercado indicam que a inflação para 2025 pode chegar a 5,66%, ultrapassando o teto da meta contínua de 4,5%.

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A Selic é o principal instrumento do BC para controlar a inflação, influenciando as taxas de juros em toda a economia. Quando elevada, a taxa encarece o crédito e estimula a poupança, ajudando a frear a demanda e a conter os preços. No entanto, juros mais altos também podem dificultar a expansão econômica.

Com a nova meta contínua de inflação, em vigor desde março, o BC passa a perseguir uma meta de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, ajustando-se mensalmente ao cenário econômico. A decisão do Copom será anunciada ao final desta quarta-feira.