O pterígio, popularmente conhecido como “carne no olho”, é uma condição caracterizada pelo crescimento anormal do tecido da conjuntiva, a membrana que cobre a parte branca do olho, em direção à córnea. Esse crescimento pode causar sintomas como visão turva, ardor, sensibilidade à luz e dificuldade para enxergar, especialmente à medida que o tecido começa a cobrir a pupila. Essa condição é mais comum em homens a partir dos 20 anos e pode ser ocasionada por fatores genéticos, além da exposição constante aos raios UV do sol, poeira e vento.

Os sintomas incluem também coceira, secura, ardor, vermelhidão, desconforto ao abrir e fechar os olhos, além de maior sensibilidade à luz. Quando a condição se agrava, pode resultar em visão turva ou até dupla. O tecido pode apresentar tonalidades rosadas ou amareladas e crescer de forma gradual, causando desconforto estético e dificultando o uso de lentes de contato. O pterígio tende a surgir principalmente na região nasal do olho, avançando em direção à córnea.

O diagnóstico do pterígio é feito por um oftalmologista, que realiza uma análise detalhada dos sintomas, histórico médico e exame ocular. Exames complementares, como a lâmpada de fenda e o teste de Schirmer, podem ser utilizados para observar as características do tecido e avaliar a produção de lágrimas.

Embora a causa exata ainda não seja totalmente compreendida, fatores como idade, histórico familiar, exposição à radiação UV e a poeira podem aumentar os riscos, especialmente em áreas de clima quente e seco. A condição é frequentemente associada a atividades ao ar livre, como o surfe, sendo chamada popularmente de “olho de surfista”.

O tratamento varia conforme a gravidade. Nos casos iniciais, o uso de óculos de sol com proteção UV e chapéus pode ajudar a prevenir o crescimento do pterígio. Colírios para aliviar a secura ocular e a irritação também são comuns. Quando o pterígio prejudica a visão ou causa desconforto estético, a cirurgia é indicada.

O procedimento, que é feito sob anestesia local, envolve a remoção do tecido excessivo e o transplante de conjuntiva. Após a cirurgia, cuidados como o uso contínuo de óculos de sol são fundamentais para prevenir o retorno da condição. Além disso, colírios anti-inflamatórios ou descongestionantes podem ser prescritos para aliviar os sintomas.