Uma inovação biotecnológica pode transformar a forma como consumimos uma das frutas mais populares do mundo. A empresa britânica Tropic anunciou a criação de uma banana que não escurece com facilidade e tem durabilidade estendida. A novidade promete solucionar um velho problema: o rápido amadurecimento e escurecimento das bananas, que muitas vezes acabam no lixo antes mesmo de serem totalmente consumidas.

A variedade desenvolvida é uma versão da banana Cavendish, a mais cultivada globalmente. Por meio da técnica de edição genética chamada Geigs, os pesquisadores conseguiram silenciar os genes responsáveis pela produção da enzima que causa o escurecimento da fruta. Isso significa que mesmo após cortada, a banana mantém sua cor amarela por muito mais tempo, sem apresentar manchas marrons ou sinais visíveis de oxidação.

Segundo os cientistas envolvidos no projeto, a modificação genética não altera o sabor nem os nutrientes da fruta, mas oferece uma vantagem na conservação e no transporte. “Estamos oferecendo uma solução prática para o desperdício alimentar e ajudando a tornar a cadeia de suprimentos mais eficiente”, afirmou a equipe da Tropic em comunicado oficial.

Estima-se que milhões de toneladas de bananas sejam descartadas anualmente por causa do amadurecimento acelerado. Com a nova tecnologia, supermercados, restaurantes e consumidores podem se beneficiar de um produto que permanece visualmente atrativo por mais tempo, reduzindo perdas e facilitando o armazenamento.

Embora a nova banana ainda precise de aprovação regulatória em alguns países, a repercussão tem sido positiva. Especialistas acreditam que a inovação pode abrir caminho para outras frutas e vegetais com características semelhantes. Em um cenário de crise climática e insegurança alimentar, soluções como essa ganham destaque por unirem ciência e sustentabilidade em benefício de toda a cadeia produtiva.