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domingo, 14 de dezembro de 2025
Pesquisa

Barreiras no acesso à saúde persistem para grupos marginalizados

Os dados reforçam a necessidade de avançar na garantia de acesso universal aos cuidados de saúde

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 11 de abril de 2025
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Barreiras no acesso à saúde persistem para grupos marginalizados. | Foto: Reprodução/Istock

No dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, a Haleon, líder global em produtos de consumo na área de saúde, revelou a segunda fase do estudo Health Inclusivity Index. Este estudo global abrange 40 países e analisa como as políticas de saúde nacionais integram a inclusão no acesso aos serviços de saúde, além de examinar como as pessoas experimentam a inclusão e exclusão na prática. 

Nesta edição, os pesquisadores entrevistaram mais de 42 mil pessoas para avaliar o acesso à saúde e a inclusão ou exclusão nos serviços de saúde, identificando lacunas significativas, especialmente entre as populações mais vulneráveis. Com a coleta dessas informações sobre as principais barreiras enfrentadas globalmente, o estudo propõe ações necessárias para ampliar a inclusão e criar oportunidades de melhorar a saúde de milhões de pessoas ao redor do mundo.

No contexto do Brasil, os resultados do estudo destacam importantes desafios no acesso aos recursos de saúde. Entre os dados mais relevantes estão: 74% dos brasileiros enfrentam pelo menos uma barreira para acessar os serviços de saúde, 50% das populações marginalizadas e com condições crônicas de saúde relatam que a qualidade do atendimento foi comprometida por características demográficas ou antecedentes, e 69% dos entrevistados se sentem capacitados para tomar decisões de saúde quando discutidas com profissionais da área. 

Além disso, 40% afirmam que membros da comunidade, fora da família ou dos profissionais de saúde, oferecem apoio, enquanto 73% mencionam que podem contar com vizinhos ou amigos para questões relacionadas à saúde, quando necessário. Esses dados reforçam a necessidade de avançar na garantia de acesso universal aos cuidados de saúde.

Mariana Lucena, Diretora de Corporate Affairs LatAm da Haleon, ressaltou que o apoio ao Índice de Inclusão em Saúde é parte dos esforços da empresa para tornar a saúde mais acessível, inclusiva e sustentável. “O levantamento revela os desafios e oportunidades do setor, identificando onde é necessário melhorar para garantir mais acesso à saúde de qualidade. A Haleon acredita que sistemas de saúde inclusivos são fundamentais para garantir que todas as pessoas tenham acesso a cuidados e sejam educadas e empoderadas a tomar decisões sobre sua saúde. Por isso, é essencial que as políticas públicas incluam o autocuidado e a educação em saúde. Promover o autocuidado não só melhora a qualidade de vida das pessoas, mas também alivia a pressão sobre os sistemas de saúde públicos”, comentou.

O estudo também destaca que muitos países de baixa e média renda conseguem promover o acesso à saúde, mesmo com menos recursos e infraestrutura limitada, oferecendo lições valiosas para o restante do mundo. Isso representa uma oportunidade significativa para os formuladores de políticas liderarem a discussão sobre como aumentar a inclusão na saúde, promovendo serviços nas comunidades tanto de baixo para cima quanto de cima para baixo.

Apesar do baixo nível de letramento em saúde em comparação com outros países, o empoderamento do autocuidado no Brasil surge como um ponto positivo, oferecendo uma base para uma comunidade mais consciente e capacitada.

Mariana Lucena também ressaltou a importância dos dados e informações confiáveis para a formulação de políticas públicas e iniciativas de saúde que assegurem a inclusão de todos. “O índice desenvolvido pela Economist Impact tem como objetivo fornecer uma ferramenta que ajude a compreender a realidade e apoiar a criação de políticas eficazes. O estudo aponta que os países mais inclusivos são aqueles que oferecem à população as ferramentas e condições necessárias para tomar decisões sobre sua saúde, o que destaca a relevância da informação e do empoderamento das pessoas”, afirmou.

No Dia Mundial da Saúde, é fundamental reconhecer que, apesar dos avanços, ainda existem grandes desafios para garantir o acesso universal aos cuidados de saúde. O estudo revela que populações marginalizadas e pessoas com condições crônicas de saúde continuam a enfrentar barreiras significativas, o que reforça a necessidade urgente de políticas de saúde mais inclusivas e eficazes. Além disso, observa-se que as gerações mais jovens carecem de conscientização sobre os serviços de saúde disponíveis, indicando a necessidade de maior educação e disseminação de informações sobre saúde.

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