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Fraude

Operação mira quadrilha que furtou R$ 3,3 mi em fraudes bancárias e lavagem de dinheiro

A investigação aponta que a organização atuava de forma articulada em pelo menos quatro cidades, espalhadas por três unidades da federação: Goiás, São Paulo e o Distrito Federal

Eduarda Leãopor Eduarda Leão em 15 de abril de 2025
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| Foto: PCGO

A Polícia Civil de Goiás realizou nesta terça-feira (15) uma operação para desmontar uma rede suspeita de aplicar golpes financeiros e lavar dinheiro. A ação aconteceu simultaneamente em quatro cidades: São Paulo (SP), Embu das Artes (SP), Itanhaém (SP) e Brasília (DF). Ao todo, 11 pessoas foram presas e 32 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. A operação foi batizada de Nexo Oculto.

A investigação começou após uma empresária ter quase R$ 450 mil retirados de sua conta bancária de forma fraudulenta. O golpe, conhecido como “falsa central bancária”, usou técnicas para simular uma ligação oficial do banco da vítima. O número que apareceu no identificador de chamadas era semelhante ao da instituição financeira. Com isso, os criminosos conseguiram enganar a empresária e acessar seu computador, realizando seis transferências bancárias por meio do sistema TED.

A polícia identificou que o dinheiro era rapidamente transferido para outras contas, em nome de pessoas físicas e jurídicas, dificultando o rastreamento. Em três meses, o grupo movimentou mais de R$ 3,3 milhões, muitas vezes com transações que sugerem o uso das chamadas “contas de passagem” — aquelas que recebem e repassam grandes valores rapidamente.

Outros indícios de lavagem de dinheiro também foram detectados, como a fragmentação dos valores desviados entre diversas contas, algumas recém-criadas, e aquisições em dinheiro vivo acima de R$ 30 mil. Também foram identificadas compras de escrituras públicas com valores bem acima da avaliação fiscal.

A investigação aponta que a organização atuava de forma articulada em pelo menos quatro cidades, espalhadas por três unidades da federação: Goiás, São Paulo e o Distrito Federal. O grupo utilizava empresas de fachada e fazia testes com pequenas quantias antes de movimentar valores maiores, dificultando o trabalho de rastreamento financeiro.

As ações contaram com autorização da Justiça e se basearam em leis específicas sobre lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa e crimes eletrônicos. A Polícia Civil informou que as investigações continuam para identificar outros envolvidos e encerrar completamente as atividades do grupo.

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