Uma suposta carta psicografada atribuída a Cid Moreira voltou a atrair atenção nas redes sociais. Segundo o canal “O Espiritualista”, no YouTube, o conteúdo teria sido recebido por José Agenor de Castro, no Centro Espírita Nossa Senhora de Lourdes, localizado no Rio de Janeiro. A mensagem espiritual teria sido registrada após a morte do jornalista, ocorrida em 3 de outubro de 2024, aos 97 anos.

De acordo com o vídeo publicado na plataforma, Cid Moreira teria descrito de forma detalhada a experiência de transição após a morte. Ele teria dito que sentiu um silêncio absoluto após o último suspiro, mas interpretou o momento não como ausência, e sim como uma forma diferente de presença. A carta também relata que ele se sentiu acolhido por uma luz suave e guiado com ternura.

Carta de Cid Moreira

O texto apresenta ainda uma retrospectiva de sua vida. O jornalista teria lembrado de momentos marcantes, como a infância encantada pelo rádio e a emoção da primeira vez diante de um microfone. “Lembrei do frio na barriga ao segurar o microfone pela primeira vez, as mãos suando, a voz embargada pelo medo e pela emoção”, diz um dos trechos da suposta mensagem.

Ainda segundo o conteúdo divulgado, Cid também teria refletido sobre suas escolhas pessoais. Ele teria mencionado a dedicação intensa ao trabalho e as ausências no convívio familiar. A mensagem destaca que, embora tenha deixado marcas com sua voz, foram os gestos não oferecidos no cotidiano que mais o tocaram ao revisitar a própria história.

A autenticidade da carta não foi reconhecida por familiares nem confirmada por representantes oficiais. O material surge em meio a disputas públicas envolvendo a viúva de Cid, Fátima Sampaio, e os filhos Roger e Rodrigo Moreira, que contestam questões relacionadas ao espólio e à condução dos últimos anos de vida do apresentador.

Cid Moreira morreu em decorrência de insuficiência renal crônica, após semanas internado no Hospital Santa Tereza, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Ele iniciou a carreira no rádio aos 17 anos, em Taubaté (SP), e se consolidou como um dos principais nomes do telejornalismo brasileiro, tendo sido âncora do Jornal Nacional por quase três décadas.