Morte de Karen Silva aos 17 anos reacende alerta para o AVC Hemorrágico
Especialista explica mitos e verdades sobre o diagnóstico
A morte da cantora Karen Silva, conhecida por sua participação no “The Voice Kids Brasil”, aos 17 anos, gerou comoção na última quinta-feira (24). A jovem foi vítima de um AVC Hemorrágico, diagnóstico que representa entre 10% e 15% dos casos de acidente vascular cerebral.
Fernanda Weiler, médica cardiologista, esclarece os principais mitos e verdades sobre o AVC Hemorrágico, condição caracterizada pelo rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro, resultando em sangramento interno.
Mitos e Verdades sobre o AVC Hemorrágico
Mito 1: Todo AVC é igual.
Verdade: Existem diferenças entre AVC Isquêmico, causado por obstrução dos vasos, e AVC Hemorrágico, que envolve sangramento.
Mito 2: Apenas idosos sofrem AVC Hemorrágico.
Verdade: Jovens e pessoas ativas também podem ser acometidos, especialmente em casos de hipertensão, má formação de vasos ou uso de substâncias ilícitas.
Mito 3: Quem sofre AVC Hemorrágico sempre perde a consciência.
Verdade: Em muitos casos, há apenas confusão mental, sem perda de consciência, o que reforça a necessidade de atenção médica imediata.
Mito 4: AVC Hemorrágico não tem tratamento.
Verdade: Existem tratamentos, como intervenções cirúrgicas e medicamentosas para controlar o sangramento e reduzir a pressão no cérebro.
Mito 5: Todo AVC Hemorrágico é fatal.
Verdade: O atendimento rápido é fundamental. Nem todos os casos levam ao óbito.
Sinais de alerta e fatores de risco
Segundo Fernanda Weiler, dores de cabeça súbitas e intensas podem ser sinal de AVC Hemorrágico. “Muitos pacientes descrevem como uma dor muito pior do que qualquer enxaqueca”, explica.
A hipertensão descontrolada é o principal fator de risco. “Mesmo sendo uma condição controlável com estilo de vida saudável, a pressão alta permanece o maior vilão”, pontua a especialista.
Outro alerta é a possível confusão do AVC com crises de enxaqueca, o que pode retardar a busca por atendimento médico. “Ao menor dos sintomas, busque ajuda profissional e jamais se automedique”, recomenda Fernanda.
Além disso, testes simples como pedir à pessoa para levantar os braços ou sorrir podem auxiliar na identificação precoce do AVC, aumentando as chances de sucesso no tratamento.