Do teen ao cult: séries adolescentes que envelheceram bem (ou não)
De “Gossip Girl” a “Euphoria”, relembramos séries adolescentes que marcaram época

Da adolescência impulsiva de Blair Waldorf à rebeldia existencial de Effy Stonem, as séries teen sempre exerceram um fascínio único sobre o público jovem, e com o tempo, sobre os adultos nostálgicos. Mas nem todas resistem à prova do tempo. Com o crescimento das discussões sobre representatividade, saúde mental, diversidade e estética, o que antes era moda hoje pode soar problemático, datado ou, em alguns casos, até mais atual do que nunca.
Gossip Girl: glamour tóxico em Manhattan
Lançada em 2007, Gossip Girl retratava a elite jovem de Nova York com luxo, intrigas e escândalos. A série foi um sucesso estrondoso, mas hoje muitos dos comportamentos de seus personagens seriam canceláveis nas redes sociais. Ainda assim, seu impacto na moda e nas narrativas sobre influência digital permanece relevante, o que garantiu até um reboot em 2021.
Skins: ousadia britânica e realismo brutal
Também lançada em 2007 no Reino Unido, Skins inovou ao abordar sexo, drogas, transtornos mentais e conflitos familiares com atores adolescentes e uma linguagem crua. Embora continue sendo referência por seu realismo e trilha sonora marcante, algumas representações foram criticadas com o tempo por romantizar o sofrimento e explorar situações delicadas sem cuidado suficiente.
The O.C. e One Tree Hill: o melodrama dos anos 2000
Ambas surfaram no auge dos dramas adolescentes com protagonistas bonitos e trilhas sonoras poderosas. Embora mantenham o carinho dos fãs, seus roteiros mais inocentes e falta de diversidade revelam o quanto os padrões da televisão mudaram.
Degrassi: a série que sempre esteve à frente
Pouco falada fora do Canadá, Degrassi merece menção por abordar temas como gravidez na adolescência, bullying, racismo e identidade de gênero muito antes de isso se tornar padrão. O rapper Drake (antes de ser Drake) começou ali. Apesar da estética ultrapassada, seu conteúdo ainda soa surpreendentemente atual.
Euphoria: a herdeira crua e visualmente sofisticada
Com direção estética apurada, temas profundos e atuação intensa de Zendaya, Euphoria é a resposta da Geração Z às séries teen do passado. Mais do que atual, ela se tornou referência para tudo o que hoje se espera de uma produção voltada a jovens: complexidade emocional, diversidade real e impacto visual.