Apesar de dezembro liderar em número de casamentos no Brasil, maio ainda carrega um forte simbolismo cultural como o “mês das noivas”, impulsionado por tradições europeias e amplamente celebrado por casais e pelo mercado de eventos. Em Goiás, a data ganha peso estatístico: com 33.351 casamentos registrados em 2024, o estado aparece entre os dez com maior número de matrimônios civis, à frente de unidades como o Ceará.

O dado é do Portal da Transparência do Registro Civil e reforça a posição do estado em um cenário nacional liderado por São Paulo (241.700), seguido por Minas Gerais (102.824) e Rio de Janeiro (70.801). Também aparecem no ranking Paraná, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Para quem pretende oficializar a união no civil, o tabelião Bruno Quintiliano, explica que o processo exige atenção à documentação, principalmente de acordo com o estado civil dos noivos. Solteiros, divorciados, viúvos e menores entre 16 e 18 anos devem apresentar documentos específicos. No caso dos menores, a presença dos pais ou autorização judicial é obrigatória.

O casamento pode ser realizado em cartório, residência, clube ou em cerimônia religiosa com efeito civil. Os casais podem escolher entre três regimes de bens: comunhão parcial, comunhão universal ou separação total. Para os dois últimos, é necessário lavrar escritura de pacto antenupcial, com custo de R$ 280,32.

“O casamento civil não é só uma formalidade. Ele garante direitos, organiza a vida patrimonial e fortalece vínculos familiares”, afirma Quintiliano. O tabelião destaca que, hoje, é possível realizar o pré-agendamento de forma online, agilizando o processo e reduzindo a burocracia.

Os valores das cerimônias variam: R$ 542,87 para casamentos realizados em cartório e R$ 655,42 para os de efeito civil em cerimônias religiosas. Pode haver acréscimos de até R$ 60 com despesas de cartório, como autenticações e reconhecimento de firma.

O prazo para marcar a cerimônia é de no mínimo cinco e no máximo 90 dias antes da data escolhida.