“Não fiquei milionária com bet”, diz Virgínia Fonseca em depoimento à CPI das Apostas
Influenciadora se recusou a revelar quanto ganhou com publicidade de sites de apostas, citou faturamento da Wepink e negou que tenha lucrado com perdas de usuários

Durante depoimento como testemunha na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas conhecida como CPI das Bets , a influenciadora e empresária Virgínia Fonseca afirmou que não ficou milionária com a divulgação de plataformas de apostas. “Eu já tinha 30 milhões de seguidores quando comecei a divulgar as bets. Eu tenho a Wepink, e a W faturou R$ 750 milhões no ano passado, se eu não me engano. Então, eu não fiquei milionária com bet”, declarou.
Convocada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), Virgínia prestou depoimento nesta terça-feira (13/5) no Senado Federal. Ela optou por não revelar qual foi o maior valor já recebido em contratos publicitários com casas de apostas, amparada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que permite o silêncio em perguntas que possam levar à autoincriminação.
A senadora insistiu sobre o tema, especialmente após a influenciadora ter revelado anteriormente que costuma jogar dinheiro nas plataformas com o marido, o cantor Zé Felipe, e com a mãe “quando não tem nada para fazer”. Virgínia negou que o conteúdo promocional tenha sido feito com objetivo de enganar seguidores ou estimular prejuízos.
Ao ser questionada sobre possível arrependimento em divulgar apostas on-line, a influenciadora foi categórica: “Eu não me arrependo de absolutamente nada que já fiz e acredito que tudo serviu de ensinamento. Então eu fiz, e hoje estou aqui depondo para colaborar com vocês. Espero que ajude.”
Soraya Thronicke chegou a apelar para que Virgínia parasse de divulgar esse tipo de conteúdo, especialmente após a empresária enfatizar que sua principal fonte de renda é a marca de maquiagem Wepink, e não as apostas.
A CPI das Bets apura se influenciadores digitais estão lucrando com comissões atreladas às perdas dos usuários nas plataformas. A convocação de Virgínia, segundo a relatora, se deu devido à “expressiva popularidade e influência digital” da empresária, que já participou de campanhas publicitárias para sites de apostas.