A primeira-dama Janja da Silva afirmou ter sido vítima de machismo após a repercussão de sua fala durante uma reunião da comitiva brasileira com o presidente da China, Xi Jinping. Segundo relatos, ela teria pedido a palavra para comentar os efeitos do TikTok e o favorecimento do algoritmo à extrema direita no Brasil. À CNN, Janja disse que houve distorção dos fatos por parte de quem repassou a informação e criticou a cobertura da imprensa, inclusive com o engajamento de mulheres na repercussão.

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O episódio gerou tensão no Palácio do Planalto. O presidente Lula reagiu com irritação aos vazamentos, criticando membros da própria comitiva por repassarem informações de um encontro considerado reservado. Lula confirmou que Janja pediu a palavra, mas ressaltou que foi ele quem questionou Xi Jinping sobre o TikTok. “Se um ministro estivesse incomodado, deveria pedir para sair”, afirmou o presidente em entrevista.

A regulação das redes sociais é uma das bandeiras do governo, e Lula chegou a pedir a Xi o envio de um representante da confiança do governo chinês para discutir o tema no Brasil. A oposição na Câmara reagiu ao caso e protocolou um pedido de convocação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para prestar esclarecimentos sobre a fala do presidente durante a reunião com a liderança chinesa.