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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Saúde

Isolamento social pode ser fatal para mulheres na meia-Idade

O estudo aponta que a solidão nas mulheres pode desencadear níveis elevados de estresse

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 4 de junho de 2025
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Isolamento social pode ser fatal para mulheres na meia-Idade. | Foto: Reprodução/Istock

A solidão crônica pode aumentar significativamente o risco de morte, independentemente das condições físicas ou mentais, segundo pesquisa conduzida pela Universidade de Sidney, na Austrália. O trabalho investigou, pela primeira vez, a relação entre a duração do isolamento social e a mortalidade precoce entre mulheres de meia-idade.

A equipe analisou dados do Australian Longitudinal Study of Women’s Health, estudo populacional iniciado em 1996 que monitora mais de 57 mil mulheres. A amostra incluiu participantes entre 48 e 55 anos, todas inicialmente livres de doenças crônicas. Durante 18 anos, elas responderam, a cada três anos, a questionários sobre saúde e bem-estar.

Os resultados mostraram que aquelas que relataram solidão persistente apresentaram risco de morte três vezes maior do que as que não se sentiam solitárias. Os pesquisadores identificaram ainda uma relação dose-dependente: quanto maior a frequência e duração do isolamento, maior a probabilidade de morte prematura. Embora episódios breves de solidão já afetem negativamente a saúde, os efeitos tornam-se mais graves quando prolongados ao longo dos anos.

O estudo aponta que a solidão pode desencadear níveis elevados de estresse e alterações no sistema imunológico, favorecendo o surgimento de doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. Além disso, o isolamento social tende a induzir comportamentos prejudiciais, como sedentarismo, má alimentação e tabagismo, todos associados ao aumento da mortalidade.

Pesquisas anteriores já indicavam uma correlação entre solidão e morte precoce, especialmente entre homens viúvos, embora os mecanismos exatos permaneçam pouco compreendidos. Especialistas destacam que vínculos sociais estimulam hábitos saudáveis: o convívio com familiares e amigos motiva cuidados com a aparência, a manutenção da casa, atividades como cozinhar e a busca por uma vida mais ativa e com propósito.

Para os autores, a solidão deve ser considerada um determinante social relevante na saúde pública. Eles defendem a implementação de políticas e intervenções destinadas a promover o bem-estar emocional e reduzir o risco de doenças e mortes evitáveis.

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