“Trama” questiona quantas histórias formam a identidade da mulher
Projeto inspirado na mitologia grega reflete sobre força, resistência e desigualdades femininas em Aparecida de Goiânia
Quantas tramas são necessárias para se fazer uma mulher? Essa é a provocação do espetáculo “Trama”, que aborda as múltiplas personas femininas, suas resistências e transformações ao longo do tempo. O projeto, viabilizado pela Política Nacional Aldir Blanc por meio do Governo de Goiás e da Secretaria Estadual de Cultura, estreia em Aparecida de Goiânia nos dias 5 e 6 de junho, às 19h30, no Pontão de Cultura Cidade Livre.
A bailarina Julia Ormond, uma das intérpretes, destaca que a montagem traz reflexões profundas sobre o lugar da mulher na sociedade, marcado por desafios, silenciamentos, desigualdades, mas também por coragem e resistência. “Tem sido um processo intenso, bonito e transformador, que me toca profundamente, como artista e como mulher”, afirma.
A coreografia se inspira na mitologia grega das Moiras — três irmãs responsáveis por fabricar, tecer e cortar o fio da vida, determinando o destino de deuses e humanos. A roda da fortuna, usada no espetáculo como um tear simbólico, posiciona cada fio no auge ou na queda da sorte, explicando os altos e baixos da existência.
A entrada para “Trama” é solidária, mediante doação de 1 kg de alimento não perecível ou item de higiene pessoal. Os ingressos gratuitos devem ser retirados pelo Sympla.