Junho Vermelho reforça importância da doação de sangue
Campanha nacional busca ampliar número de doadores voluntários diante da baixa adesão registrada nos meses mais frios do ano
O mês de junho marca o Junho Vermelho, campanha nacional dedicada à conscientização sobre a importância da doação de sangue. A mobilização, promovida por hemocentros e instituições públicas de saúde, tem como objetivo enfrentar a queda nos estoques que tradicionalmente ocorre nos meses de outono e inverno, período em que há maior incidência de doenças respiratórias e menor disposição da população para doar.
Segundo o Ministério da Saúde, menos de 2% dos brasileiros são doadores regulares — índice abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere que entre 3% e 5% da população esteja engajada em doações contínuas para garantir a autossuficiência dos bancos de sangue.
Com a proximidade do inverno e o aumento de internações, os hemocentros enfrentam desafios para manter os estoques em níveis seguros. A escassez compromete procedimentos como cirurgias, tratamentos de câncer, partos de risco e atendimentos de urgência. Um único doador pode salvar até quatro vidas, reforçando a relevância da doação voluntária.
A ação também busca combater mitos que afastam potenciais doadores, como a falsa ideia de que doar enfraquece o organismo ou pode causar contaminação. O processo é seguro, rápido e segue protocolos rigorosos de higiene e triagem. Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, pesar mais de 50 quilos, ter entre 16 e 69 anos (menores com autorização) e portar um documento com foto.
Em todo o país, hemocentros promovem mutirões, horários estendidos e campanhas itinerantes para facilitar o acesso e estimular a solidariedade. A recomendação é que os voluntários agendem previamente sua doação para evitar aglomerações e agilizar o atendimento.