Plantas medicinais ajudam a fortalecer a imunidade e amenizar sintomas no outono
Conheça as ervas indicadas por especialista para prevenir gripes, alergias e resfriados na estação mais fria do ano

O outono chegou com aquela vibe de ar mais seco, ventos leves e um friozinho que, mesmo discreto, costuma explicar por que muita gente acaba gripada ou sofrendo com alergias. E se você mora em Goiânia, notou que nestes dias a temperatura rondou entre 15 °C e 29 °C, com umidade variando bastante, mas mantendo o clima seco geral. Mês perfeito para ficar esperto — e, de quebra, pensar em reforçar a imunidade.
Dados de serviços de saúde mostram que, a partir do outono, cresce a demanda por atendimentos por gripes, resfriados ou crises alérgicas. Rinite, quanto a ela, afeta 30 % dos brasileiros. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), provocada por vírus como o VSR, tem impacto maior em crianças e idosos. Em Goiânia, o clima seco favorece justamente esse tipo de quadro — mas há uma forma natural de se precaver.
Fitoterapia como aliada
A farmacêutica especialista em fitoterapia Dra. Jeane Nogueira destaca o uso consciente de plantas medicinais para estimular o sistema imunológico. “O outono nos convida a fortalecer nossas defesas naturais”, disse ela. Segundo a especialista, “a fitoterapia oferece um verdadeiro arsenal de recursos vindos da natureza que, quando usados corretamente, podem turbinar nossa imunidade e aliviar os sintomas típicos dessa estação”.
Mesmo com a pegada mais natural, ela é clara: o uso de plantas precisa de acompanhamento profissional, especialmente para gestantes, crianças, idosos ou quem já faz uso de remédios. Segundo a Anvisa, plantas medicinais fazem parte das Práticas Integrativas no SUS, mas não substituem orientações e tratamentos médicos convencionais.
Plantas que não podem faltar no seu outono
A Dra. Jeane lista algumas opções eficazes para uso rotineiro — tudo dentro de consulta médica ou farmacêutica:
- Eucalipto: indicado para bronquite, congestão nasal e tosse; funciona bem em vaporização com folhas.
- Gengibre: ajuda a elevar a imunidade e acalmar inflamações da garganta; chá com raiz fresca é uma escolha comum.
- Alho: reconhecido pela ação antiviral e antibacteriana; pode ser consumido cru com mel ou em sopas.
- Sabugueiro: eficaz na redução de sintomas gripais; atua também como reforço no sistema de defesa.
- Hortelã: ajuda na respirabilidade nasal e no alívio de dores de cabeça.
- Cúrcuma: potente anti‑inflamatório e antioxidante; costuma ser utilizada no “leite dourado” com mel.
- Equinácea: estimula a imunidade e previne infecções.
Além dessas, ela lembra da importância do própolis, reconhecido por efeito antibacteriano e imunológico, e do mel puro — ideal para aliviar tosse e garganta inflamada (mas não é indicado para bebês com menos de 1 ano).
Cuidados e recomendações
Apesar de naturais, essas plantas têm substâncias bioativas e exigem consumo responsável. Segundo estudo da revista Physis, “as plantas constituem um arsenal grande de constituintes químicos, que podem representar um risco” se mal utilizadas.
O trabalho de especialistas — farmacêuticos, médicos ou fitoterapeutas — e serviços de extensão rural como Emater têm incentivado o uso seguro, por meio de capacitação, identificação correta, conservas e dosagem adequada; a Emater ainda integra programas de farmácias vivas voltadas à agricultura familiar.
Portanto, antes de adotar qualquer planta, procure ajuda profissional — o uso racional é a base da fitoterapia.
O cenário que se vê em Goiânia nesta semana de 9 a 15 de junho — com sol, nuvens e clima seco — pode favorecer antivirais por conta da estação. Mas, com plantinhas certas, uma pitada de cuidado e respaldo técnico, dá para atravessar esse outono com menos impactos na saúde e mais bem-estar.
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