O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Tecnologia

Tecnologia substitui cadáveres em mais da metade dos cursos de medicina no Brasil

Faculdades investem em simuladores 3D e biomodelos sintéticos que reproduzem textura e densidade do corpo humano e ampliam a segurança na formação médica

Luana Avelarpor Luana Avelar em 10 de junho de 2025
Screenshot 20250610 161616

O uso de tecnologias de simulação nos cursos de medicina tem ganhado espaço de forma acelerada no Brasil. De acordo com dados recentes do setor, 278 das cerca de 500 faculdades de medicina do país já adotam simuladores 3D, biomodelos sintéticos e plataformas digitais integradas com inteligência artificial para treinamento clínico e cirúrgico — o que representa mais de 55% dos cursos ativos atualmente.

O movimento é impulsionado por instituições que buscam melhorar a qualidade da formação médica, ampliar o número de horas de prática e reduzir a dependência de cadáveres humanos e animais nas aulas.

Faculdades como São Leopoldo Mandic, Estácio de Sá, Faminas e até a Faculdade de Medicina da USP já utilizam os recursos para simulações realísticas em sala de aula. O objetivo é formar estudantes mais preparados e confiantes para atuar com segurança em situações clínicas reais, a partir de práticas repetidas em equipamentos que mimetizam com precisão os sistemas do corpo humano.

“Milhares de alunos de medicina, de cursos privados e públicos, podem utilizar as soluções para treinamento de habilidades e simulações clínicas, que geram um impacto significativo na segurança dos estudantes e profissionais, já que passarão a realizar procedimentos e atendimentos nos pacientes reais, a partir de técnicas treinadas repetidas vezes em simuladores de alta fidelidade e com diferentes complexidades”, explica Cláudio Santana, CEO e fundador da Csanmek.

Os biomodelos, que podem representar o corpo inteiro ou partes específicas como cabeça, tronco e membros, reproduzem a textura, anatomia e estratigrafia dos tecidos humanos, com órgãos, vasos e ossos substituíveis. Já as plataformas digitais operam como mesas sensíveis ao toque, com modelos tridimensionais detalhados de todos os sistemas do corpo, usados para dissecações virtuais e simulações cirúrgicas.

Essas plataformas são capazes de transformar exames clínicos em clones digitais e se conectam a impressoras 3D para a reprodução física de órgãos e tecidos. Também oferecem integração entre hospitais e salas de aula, permitindo que estudantes acessem exames reais e aprofundem estudos de casos clínicos com recursos visuais interativos.

Siga o Canal do Jornal O Hoje e receba as principais notícias do dia direto no seu WhatsApp! Canal do Jornal O Hoje.
Tags:
Veja também