Quem são as mulheres ativistas a bordo do navio interceptado por Israel
Além de Greta Thunberg, Flotilha da Liberdade levava deputada europeia e militante antirracista rumo à Faixa de Gaza

Interceptado pela Marinha de Israel no último domingo (8), o navio Madleen levava 12 ativistas de diferentes países em uma missão humanitária à Faixa de Gaza. A bordo da chamada Flotilha da Liberdade estavam mulheres com trajetórias marcadas pelo ativismo em direitos humanos, como a sueca Greta Thunberg, a deputada franco-palestina Rima Hassan e a alemã Yasemin Acar.
Além de ser uma das principais vozes do movimento climático internacional, Greta passou a se posicionar de forma contundente contra os ataques israelenses em Gaza desde 2024. Já Rima Hassan, eleita ao Parlamento Europeu pela França, tem atuação voltada à denúncia da ocupação israelense e às condições de vida em campos de refugiados. Nascida em um campo nos arredores de Alepo, ela é especialista em direito internacional e fundadora do Observatório de Campos de Refugiados.
Yasemin Acar, nascida na Alemanha e filha de imigrantes turcos, atua desde a adolescência com ações de acolhimento a migrantes e contra o racismo. Em Berlim, criou uma rede de apoio a refugiados e participou de manifestações em defesa do povo palestino. Antes da viagem, afirmou que o grupo não abandonaria a missão mesmo diante de ameaças.
O navio foi abordado em águas internacionais enquanto transportava alimentos, remédios e suprimentos básicos. Segundo o governo israelense, os ativistas seriam levados ao porto de Ashdod e deportados. O Itamaraty cobrou a liberação imediata dos passageiros e o fim das restrições à entrada de ajuda humanitária em Gaza.