Pastor mirim reaparece e chama Conselho Tutelar de “bandidos”
Miguel Oliveira ataca órgão de proteção à infância

O influenciador mirim Miguel Oliveira, conhecido por seu trabalho como pastor desde muito jovem, voltou a criticar duramente o Conselho Tutelar em uma nova publicação nas redes sociais nesta terça-feira (11/6). Em tom contundente, o garoto acusou os conselheiros de perseguição e os chamou de “raça de bandidos”, após compartilhar um vídeo que mostrava outra criança pregando em um púlpito.
Pastor mirim voltou a perseguir o Conselho
Na mensagem publicada nos stories do Instagram, Miguel questionou as ações do órgão. “E aí, Conselho Tutelar? Virou moda? Já tentaram me tirar do altar, agora querem impedir o sonho de uma criança. Vocês não têm o que fazer e querem mostrar serviço ao governo. Vocês são muito canalhas. Vai lá no morro caçar os meninos que estão traficando, raça de bandidos!”, escreveu.
A postagem reabriu a discussão sobre os limites legais e éticos da atuação de crianças em ambientes religiosos. Em 2023, o Conselho Tutelar já havia tomado medidas em relação à atuação de Miguel. Na época, o órgão emitiu medidas protetivas que o impediam de realizar pregações presenciais, transmissões ao vivo e viagens relacionadas a eventos religiosos. A decisão ocorreu após denúncias envolvendo suposta exploração religiosa, exposição excessiva da imagem e promessas de cura mediante contribuições financeiras.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), crianças têm direito à proteção contra qualquer forma de negligência, exploração ou violência, inclusive em contextos religiosos. O Conselho Tutelar atua como órgão autônomo, com responsabilidade de zelar pela garantia desses direitos.
Após o cumprimento das determinações, a família do jovem afirmou que ele havia retomado suas atividades religiosas, mas sob orientação e com acompanhamento. Desde então, Miguel voltou a participar de cultos e eventos, além de manter presença constante nas redes sociais.
A nova fala, entretanto, pode representar desrespeito às medidas anteriormente impostas, além de configurar possível infração à autoridade de um órgão público. Diante da repercussão, ainda não há manifestação oficial do Conselho Tutelar sobre a nova publicação do garoto. Caso o órgão entenda que houve violação das determinações ou incitação contra o poder público, novas providências podem ser adotadas.