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segunda-feira, 7 de julho de 2025
Gripe aviária

Casos de gripe aviária não devem afetar o mercado da carne em Goiás

Nesta semana foram identificados casos em aves no interior do Estado, porém os dois animais infectados eram galinhas domésticas

Micael Silvapor Micael Silva em 19 de junho de 2025
Autoridades reforçam que não há risco no consumo de carne de frango e ovos e que preços elevados são especulativos Foto: Freepik

Na última sexta-feira (13), a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) fez a confirmação de um caso de gripe aviária em uma galinha de quintal em Santo Antônio da Barra, localizada no Sudeste do Estado. Apesar do caso detectado, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas no Estado de Goiás (Sindiaçougue), Silvio Yassunaga, explicou que neste momento os aumentos no valor da carne de frango são especulativos e que até o momento o mercado comércio não sofreu nenhum impacto.

“Em Goiás a gripe aviária foi identificada em aves de quintal sem nenhuma incidência em granjas comerciais, o que mantém a oferta do produto em condições normais no mercado interno e externo. Por isso qualquer mudança no preço desta proteína no momento é especulação. No comércio varejista não sentimos nenhuma alteração nas vendas e no consumo da carne de frango. É importante esclarecer que a gripe aviária não é transmitida a humanos pelo consumo de carnes e ovos”, detalhou Yassunaga.

Em nota a Agrodefesa explicou que a suspeita foi notificada no dia 9 de junho, após a morte de cerca de 100 galinhas que apresentaram sintomas como asas caídas, secreção nasal, dificuldade respiratória, apatia, inchaço facial. Imediatamente após o alerta, a agência mobilizou equipes técnicas, que chegaram às propriedades em menos de 12 horas para interditar as áreas e coletar amostras, seguindo os protocolos do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA). As análises foram conduzidas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Após o caso detectado a BRF realizou de forma preventiva o abate de 74 mil aves com o objetivo de conter os riscos de propagação da doença aviária. A medida foi adotada devido ao fato das aves estarem em uma região sob alerta sanitário.

Já nesta terça-feira (17), o Governo de Goiás, por meio da Agrodefesa, concluiu as principais ações emergenciais de contenção e erradicação do foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP – H5N1). O trabalho foi executado com o apoio de diversas instituições e coordenado pelo Centro de Operações de Emergência Zoossanitária (Coezoo). 

A atuação seguiu três frentes principais. No foco, as equipes da Agrodefesa realizaram a eliminação de cerca de 233 aves, entre doentes e que entraram em contato, e a desinfecção de todas as instalações usadas na criação, totalizando 22 mil metros quadrados. Os animais foram enterrados em valas sanitárias, conforme as diretrizes do Plano Nacional de Contingência da Influenza Aviária.

Nas zonas de vigilância, foram vistoriadas 194 propriedades em um raio total de dez quilômetros do foco. As 25 propriedades mais próximas, que estavam a cerca de três quilômetros da propriedade, receberam dois ciclos de inspeção. Também foram instaladas duas barreiras sanitárias, com cerca de 200 abordagens para orientação e desinfecção de veículos.

A terceira frente de trabalho envolveu ações de educação sanitária com a população da região. Equipes da Agrodefesa realizaram 350 visitas domiciliares e ações em escolas, feiras e comércios, impactando diretamente cerca de 1,3 mil pessoas com informações sobre prevenção e notificação da doença.

Próximas medidas

Nesta terça-feira também começou o período de vazio sanitário na propriedade foco, com duração mínima de 28 dias. Durante esse tempo, fica proibida qualquer nova criação de aves no local. As atividades de vigilância também continuam: as equipes retornarão a cada dois dias ao foco e semanalmente às propriedades da zona de vigilância. Além disso, o Centro de Operações de Emergência será desmobilizado, e os dados coletados durante a ação passarão por avaliação técnica para orientar possíveis medidas complementares.

O prefeito de Santo Antônio da Barra, José Cândido, destaca o papel do município. “Não esperávamos essa situação, mas o foco foi detectado aqui e enfrentamos com união. A equipe da Agrodefesa foi precisa no trabalho. A população pode ficar tranquila, pois as ações foram executadas com responsabilidade”.

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